O diretor alemão participou de um painel na sede da Academia, durante esta semana, com todos os indicados ao Oscar de documentário, longas e curtas.

Michael Moore liderou o encontro e insistiu com os participantes para falar sobre possíveis soluções para a difícil tarefa de distribuição e exibição dos filmes deste gênero. Wenders, que disputa o Oscar com o filme 3D sobre dança “Pina”, tinha a resposta pronta:

“O 3D é a arma secreta do documentário”, ele disse, sob olhares tortos dos colegas. “Quinze anos atrás, o digital era o demônio, e o digital salvou o gênero alguns anos depois. Vai ser a mesma coisa com o 3D”, continuou. “O 3D começou com o pé esquerdo, é verdade, mas é uma ferramenta fantástica. Realmente insisto para vocês fazerem em 3D da próxima vez.”

“O que nós documentaristas, cineastas estamos tentando fazer é levar o público para dentro do mundo de alguém. Assistir  a uma pessoa na sua frente filmada em 3D é uma presença completamente diferente. Você pode contar sua história de uma forma que mergulha o público como nunca antes.”

Será mesmo?

Wenders disputa a estatueta com “Hell and Back Again”, sobre as dificuldades de um soldado americano ao voltar da guerra, “If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front”, sobre um grupo radical de ambientalistas, “Undefeated”, sobre os desafios de um time colegial de futebol americano, e “Paradise Lost 3: Purgatory”, sobre três homens que passaram 18 anos presos por um crime que não cometeram.