Roller Derby no Brasil - pós-Copa do Mundo
29/04/12 16:17Mari Peryl Streep é uma das cofundadoras da liga paulistana Gray City Rebels, fundada no final de 2010. Ela também foi da liga Ladies of Helltown, a primeira do Brasil, criada em 2009, na mesma cidade.
A Mari foi uma das nossas “jammers” na Copa do Mundo, em Toronto. Na foto acima, ela está com a estrela no capacete. O jogo contra a Suécia foi o nosso primeiro. Apanhamos, mas aprendemos tanto… principalmente sobre nós mesmas (a gente nunca tinha jogado juntas!).
Bati um papo com ela sobre o estado do esporte no Brasil e o que mudou depois da nossa experiência no Canadá.
As Rebels treinam três vezes por semana e tem hoje 25 patinadoras “ativas e comprometidas”, além de um preparador físico e dois rapazes que estão se preparando para virarem árbitros. Este é um dos problemas do derby no Brasil, não há árbitros!
Abaixo, um vídeo que a Gray City Rebels fez de um treino delas. Veja mais vídeos bacanas na página no Vimeo.
Pergunta – Depois da Copa do Mundo, o que aconteceu com o esporte no Brasil?
Mari Peryl Streep – O interesse pelo esporte tem crescido bastante. A nossa liga, por exemplo, recebe em média dez e-mails de meninas interessadas por semana. Quanto ao roller derby em território nacional, as ligas estão mais empenhadas em fazer com que o esporte se desenvolva e que haja integração e interação entre as brasileiras que praticam roller derby, não só no Brasil, mas pelo mundo também.
Pergunta – Quais as principais dificuldades de praticar o derby no brasil?
Mari Peryl Streep – Uma das maiores dificuldades é não ter um lugar próprio para a prática do esporte. Em São Paulo, por exemplo, alugar uma quadra para os nossos três treinos semanais é extremamente caro. Então treinamos duas vezes por semana no parque Ibirapuera (e ficamos sujeitas às mudanças climáticas, pois não dá para patinar com a quadra molhada) e uma vez por semana em uma quadra fechada na Liberdade, pela qual pagamos o aluguel com o dinheiro da mensalidade que cobramos das meninas da liga.
Pergunta – Quanto custa levar uma treinadora “gringa” para fazer “bootcamps” (treinos intensivos) no Brasil?
Mari Peryl Streep – Depende de quantas pessoas participam. Em abril do ano passado, nós trouxemos uma jogadora de Montreal, a Georgia W. Tush, pagamos a passagem aérea dela e o aluguel de uma quadra, por quatro dias, em um clube daqui de São Paulo. Tudo ficou em torno de R$ 5 mil. Hoje em dia, um ano depois da visita da Tush, as coisas estão bem diferentes. Como o esporte está crescendo, ninguém mais quer vir de graça, então a liga que quer realizar um bootcamp tem que arcar com a passagem, estadia em hotel, alimentação e espaço para o bootcamp. Isto tudo, por baixo, sai em torno de R$ 7 mil.
Na foto acima, Tush na Copa do Mundo, após quebrar a clavícula num jogo. Abaixo, as “rebels” treinando em São Paulo.
Ajude a trazer uma treinadora ao Brasil e Argentina
Primeiro Brasileirão de Roller Derby (no Rio, em outubro)
Fotos – a primeira é do Nicolas Charest, a segunda é minha e a terceira é da liga GCR.
Ótima matéria!
o//
Ótima reportagem! Tem que dar visibilidade pra um esporte tão guerreiro!!
Mto legal a reportagem, com uma pitada de realidade não só das Rebels mas da maioria das ligas no Brasil…. Curti=D
Yaaay! Linda matéria! Fico mega feliz de ver nosso esporte tão amado cada vez mais divulgado por aqui. O Brasil tem tudo pra crescer no derby mais e mais. Parabéns pela excelente matéria e obrigada por divulga-lo tão bem *.*
Adorei!! Vamos divulgar galera… so assim teremos oportunidades de conhecer, aprender e nos desenvolver. Parabens meninas
Muito legal esse novo esporte que além de ser para mulheres, é super radical! Adorei!
Fer, nossa RP! Obrigada pelo espaço e por divulgar nosso querido esporte com tanto profissionalismo!!! <3