Crise existencial no cinema de Recife
19/09/12 19:12Uma cena de orgia numa praia ensolarada abre o novo filme do diretor brasileiro Marcelo Gomes, “Era uma Vez Eu, Verônica”, sobre a crise existencial de uma médica recém-formada, no caos urbano de Recife.
O longa-metragem é estrelado por Hermila Guedes (“O Céu de Suely”) e foi exibido pela primeira vez no Festival de Toronto, numa sala lotada. Amanhã, concorre ao prêmio principal do Festival de Brasília. Depois, passa na Mostra Internacional de Cinema, que começa em 19 de outubro.
Verônica é uma jovem que mora com o pai doente em um apartamento perto da praia e começa a atender pacientes com problemas mentais no hospital público. No tempo livre, ela sai com as amigas e faz sexo com Gustavo (João Miguel).
“Queria desenvolver um personagem extremamente comum, com dúvidas sobre a vida, sobre o amor, sobre o futuro, sobre o sexo”, disse Gomes à Folha.
O cineasta gosta de citar como referência para Verônica personagens clássicos do cinema como a protagonista de “Mônica e o Desejo” (1953), de Ingmar Bergman. “Acho que a Verônica é a prima da Mônica.”