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Fernanda Ezabella

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As maçãs de Steve Jobs

Por @ferezabella
05/10/12 01:59
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É tentador pular a pequena cerca da casa de tijolos na esquina das ruas Waverley e Santa Rita, na pacata Palo Alto, atrás das dezenas de maçãs caídas no chão. Mas um segurança observa à espreita, num carro de vidros escuros, afugentando os que demoram na calçada admirando as árvores carregadas.

Não é qualquer pomar. O local foi residência de Steve Jobs por 20 anos e, desde a morte dele, em 5 de outubro de 2011, é ponto de romaria dos aficionados pela outra maçã, a Apple.

“Infelizmente, vem muita gente”, comenta o segurança, pedindo para tirar o “mínimo de fotos possível”. Ele larga a reportagem da Folha para abordar um casal recém-chegado com câmera digital.

“É uma casa interessante, parece de filme, com muito espaço, coisa que não se vê muito por aqui”, disse Tara Sheehan, 53. Ela veio de Nova York visitar o irmão que mora no mesmo bairro e trabalha há 20 anos na Apple. Ele completa: “Jobs sempre caminhava com seus filhos, muitas vezes descalço”.

Por ter sido o morador mais ilustre da cidade de 60 mil habitantes e ser conhecido pelos hábitos peculiares, parece que todos em Palo Alto (a 50 km de San Francisco) têm histórias sobre ele para contar, muitas vezes negativas.

“Ele era um terror, ficávamos aliviados quando ia embora”, disse um garçom que pediu para não ter o nome revelado, do restaurante Saint Michael’s Alley (foto acima). “Ele pode ter feito muito bem para o mundo, feito todo aquele dinheiro, mas aqui nunca mostrou generosidade. Muito menos nas gorjetas.” O local foi o cenário do primeiro encontro romântico de Jobs com Laurene Powell, em 1989 -eles se casariam dois anos depois.

Originalmente frequentado por beatniks, o café ajudou a lançar a banda Grateful Dead. Hoje, funciona para “brunch” nos finais de semana, quando é possível ver Tim Cook na fila, e para festas particulares.

“Depois que ficou doente, ele continuou vindo aqui, mas deixou o veganismo, que era difícil de atender, e passou a pedir panquecas. Antes, só comia vegetais”, disse à Folha Michael Sabina, que comprou o Saint Michael’s Alley em 1993, pouco depois de fechar uma start-up.

Poderosos do Vale do Silício também batem cartão no italiano Il Fornaio (foto acima). A garçonete Judith Priestly, 72, lembra que Jobs chegava nos horários tumultuados e passava voando de patins até sua mesa favorita. “Ele gostava muito do nosso suco de laranja, mas tinha que ser tamanho extra extra grande”, diz.

APPLE 1

Outra parada obrigatória no tour Steve Jobs é na cidade vizinha Los Altos, menos de 20 minutos de carro, na casa onde morou com seus pais e onde montou as primeiras unidades do computador Apple 1 com o amigo Steve Wozniak, em 1976. Na calçada da casa, uma placa pede para que visitantes tirem fotografias apenas à distância.

O lugar mais educativo é o museu de tecnologia de Mountain View, a dez minutos de carro de Los Altos ou 15 minutos de Cupertino, cidade sede da Apple. Estão lá expostos o Apple 1, autografado por Wozniak, um computador da NeXT e também um iPod original, que completou dez anos em 2011.


Texto publicado originalmente no caderno TEC, da Folha

Veja o mapa do Tour Steve Jobs e vídeo que fiz no site do TEC

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Comentários

  1. José Horta comentou em 05/10/12 at 14:07

    Fernanda, gosto quando você faz as reportagens também em vídeo, como foi a do ‘fliperama de papelão’. Gostei mais ainda ao ouvir “Transmission” do Joy Division na trilha da reportagem sobre Tour Steve Jobs. Abração.

    • @ferezabella comentou em 05/10/12 at 17:07

      rsrs – eu MORRO de vergonha. a música foi cortesia dos editores da TV Folha, nao foi meu dedo! 🙂

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