Pela primeira vez cobri o Framboesa de Ouro, prêmio mais infame de Hollywood, que “celebra” o pior da indústria. Aconteceu no sábado, véspera do Oscar, num espaço totalmente sem glamour e, claro, sem tapete vermelho.

Foi no salão de café da manhã no quarto andar do hotel Holiday Inn Express, a quatro quadras do Dolby Theatre, que recebe o Oscar no domingo. Cerca de 100 jornalistas apareceram, e ganhamos de brinde barrinhas de proteína do único patrocinador do evento.

Como ninguém vem recolher as estatuetas de framboesas, sete apresentadores cômicos anunciaram os prêmios, como que num show de stand-up comedy. Há uma televisão de plasma no centro, meio tosca, mostrando as performances dos indicados.

“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” ficou com sete dos dez Framboesas, incluindo pior atriz para Kristen Stewart, que “apareceu” numa cartolina em tamanho real para receber o troféu (foto acima).

O comediante Adam Sandler, vencedor de 2012 de todos os dez prêmios por “Cada um tem a Gêmea que Merece”, ficou com pior ator e roteiro por “Este é o Meu Garoto”. Rihanna levou pior atriz coadjuvante por “Battleship”. 

Entrevistei o criador do Framboesa de Ouro, John Wilson, em vídeo. A primeira pergunta, que não dá para ouvir direito (só ele tinha microfone), é sobre por que “Crepúsculo” dominou a noite com sete troféus. Depois ele fala da importância de fazer o evento na véspera do Oscar, de por que não ter uma categoria filme internacional e explica como é feita a votação e a origem do nome do prêmio.

Abaixo, os vídeos de quando as duas únicas atrizes apareceram para receber seus prêmios: Halle Berry por “Mulher-Gato” (2004) e Sandra Bullock por “Maluca Paixão” (2009), na véspera de ganhar o Oscar por “Um Sonho Possível” (2009).

“Não fizeram ‘Mulher-Gato 2’, então acho que nossa mensagem foi ouvida”,  disse Wilson à Folha.