Las Vegas além dos caça-níqueis
23/05/13 10:00Já fui a Las Vegas algumas vezes a trabalho e realmente não entendo o fascínio com as maquininhas de caça-níquel. Na verdade, Las Vegas me irritava. Até eu começar a olhar para fora dos cassinos.
Além dos passeios para o Grand Canyon, recomendo os museus da máfia. O do centro da cidade é mais bacana, novo e fica perto de outro museu diferente, o Neon Museum, de letreiros antigos de Las Vegas. Seguem aqui duas matérias que escrevi recentemente para o caderno Turismo.
Museus preservam histórias da máfia em Las Vegas
Nova York, 1930. O traficante de bebidas Joe me entrega um envelope com dinheiro. Vinny me intercepta na rua e me leva a um café para encontrar Tony, o chefão, a quem preciso fazer o pagamento. “Brasileira? Que bonita”, diz o mafioso, rodando o anel do dedinho. “Precisa de emprego? Sabe dançar?”
Dou risada e converso com o velhinho bem-humorado. Ele é apenas um ator do Mob Attraction, museu sobre crime organizado dentro do cassino-hotel Tropicana que reabriu em 2012 após reformas. Antes de chegar às centenas de objetos pessoais de criminosos, o visitante passa uns dez minutos interagindo com artistas, em inglês.
Apesar da brincadeira, o museu dá conta de ambientar o turista na história das gangues de Nova York e Chicago, com a imigração de europeus e a Lei Seca no começo do século 20. Continua aqui…
Neon Museum conta história de Las Vegas em letreiros luminosos
Menos de 15 minutos a pé do Mob Museum, no centro de Las Vegas, está outra parte histórica da cidade, desta vez menos sombria e mais colorida, literalmente.
O Neon Museum guarda a maior coleção de letreiros luminosos do mundo, embora fiquem apagados e reunidos num espaço a céu aberto apelidado de “boneyard” (cemitério).
São mais de 150 letreiros que contam a história da cidade desde 1930. Estão lá, por exemplo, antigas lembranças do Moulin Rouge Hotel e um luminoso do Sahara, cassino frequentado por Frank Sinatra e fechado em 2011. Continua aqui