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Fernanda Ezabella

Hollywood e outras viagens

Perfil Fernanda Ezabella é correspondente da Folha em Los Angeles

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Sundance: Jane Austen, Matthew McConaughey e mescalina

Por @ferezabella
21/01/13 08:00

Três filmes que gostei bastante aqui em Sundance não poderiam ser mais diferentes: uma comédia romântica (“Austenland”), um drama misterioso (“Mud”, com Matthew McConaughey) e um filme de estrada viajante (“Crystal Fairy”).

“Austenland” – É sobre uma americana (Keri Russell) obcecada pelos livros de Jane Austen que decide gastar uma grana numa viagem imersiva ao universo da escritora inglesa. É como um parque temático na Inglaterra, onde tudo é ambientado/organizado para lembrar “Orgulho e Preconceito”, Mr. Darcy e outros livros/personagens.

Romances são arranjados, mas os limites entre ficção e realidade ficam cada vez mais confusos. O filme tem um certo problema de ritmo no começo, umas piadas meio fora do tom, mas o resultado é uma comédia romântica bem original e graciosa.

“Mud” – Este é o terceiro longa do diretor Jeff Nichols, um cara para ficar de olho. O anterior foi “O Abrigo”, com Michael Shannon. O ator volta para “Mud”, mas apenas numa ponta. O astro mesmo é  Matthew McConaughey, no papel de um fugitivo romântico à espera de seu amor numa floresta/ilha, morando num barco encalhado nas árvores.

Ele é ajudado por dois garotos, que acabam aprendendo um bocado sobre amor. Lembra bem aquela camaradagem de “Conta Comigo” (1986). No lugar da paranoia de “O Abrigo”, tem um sentimento forte de amizade, confiança. É um filme bem peculiar (e longo). Reese Witherspoon faz uma ponta bem convincente.

“Crystal Fairy” – O filme do diretor chileno Sebastián Silva (do sensacional “La Nana”) traz Michael Cera como um turista americano meio mala que parte em viagem de carro com três amigos chilenos ao deserto do Atacama para tomar mescalina. A turma encontra pelo caminho uma outra “gringa”, a tal Crystal Fairy do título, uma pseudo hippie que empata um pouco a aventura.

O filme seria mais legal se o personagem de Cera não ficasse tão insuportável, obcecado com o cactus e toda a preparação da droga. Ainda assim, gostei. É despretensioso, e a hippie é hilária, rouba as cenas.

Cera está com outro filme no festival com o mesmo diretor, “Magic Magic”. Este é mais “planejado”, feito com roteiro e mais grana, ao contrário de “Crystal Fairy”. Será exibido nesta semana.

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Sundance: Violência e entretenimento

Por @ferezabella
20/01/13 23:57

Já estamos no quarto dia de Sundance e perdi a conta dos filmes que vi que falam sobre ou mostram explicitamente sexo (“Don Jon’s Addiction”, “Two Mothers”, “The Look of Love”, “Leather. Interior Bar” etc).

Mas o assunto que corre nas beiradas é ainda violência no cinema, ainda que tenha visto aqui apenas um filme no qual armas são disparadas: o excelente “Mud”, com Matthew McConaughey no papel de um fugitivo romântico escondido numa floresta e que recebe ajuda de dois garotos.


Na coletiva de imprensa, o tema surgiu para o cofundador do festival, Robert Redford. “Será que minha indústria pensa que armas vão ajudar a vender ingressos? Não é uma pergunta que eu tenha a resposta”, disse. “Mas me parece uma pergunta razoável a se fazer já que tantas armas aparecerem nos anúncios.” Mais aqui.

Na semana passada, o presidente Barack Obama pediu ao Congresso que financie uma pesquisa de US$ 10 milhões sobre o impacto nas “mentes dos jovens” de videogames e imagens da mída.

Ontem, chegou por aqui em Sundance uma edição especial da Variety sobre “violência e entretenimento” (foto da capa acima, contracapa abaixo). São 78 páginas e 40 contribuidores escrevendo sobre o assunto.

Tem, por exemplo, Vince Gilligan, criador de “Breaking Bad”, justificando e explicando a complexidade das passagens violentas do seriado, tão intrínsecas na história:

“Queremos que estes momentos de violência toquem o telespector de forma profunda, mas nunca os pensamos de forma sensacionalista”, escreveu Gilligan. “Na maior parte das vezes, a violência na história tem como objetivo ser um efeito transformador em nossos personagens”.

A edição traz um amontoado de opiniões diversas. James Stern, produtor de “Looper” e diretor de um documentário sobre armas nos EUA, é entrevistado, assim como Callie Khouri, roteirista de “Thelma & Louise” e criadora do seriado “Nashville”, e Mike Hammond, do grupo Gun Owners America.

Larry Flynt, do império Hustler, que ficou paraplégico após uma tentativa de assassinato, também participa e defende a Segunda Emenda da Constituição americana (aquela que permite portar armas e se defender). “Mas não acho que os ‘founding fathers’ queriam dizer [com a segunda emenda] pessoas com basucas e lançadores de granadas”, ponderou.

Sundance vai até dia 27 e tem três filmes que abordam uso de armas: o documentário “Valentine Road”, sobre um tiroteiro numa escola da Califórnia, o longa de ficção “Blue Caprice”, baseado em ataques de 2002, e o curta “Gun”, sobre um homem que compra uma arma para proteção própria e fica obcecado com seu novo senso de poder

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Sundance quer falar de sexo, muito sexo

Por @ferezabella
18/01/13 08:00

O festival está bem apimentado neste ano. Até Robert Redford, seu cofundador, confirmou: sexo é um tema bastante em destaque nesta edição.

Um dos filmes mais aguardados é “Lovelace”, sobre os bastidores do filme pornô “Garganta Profunda”, com Amanda Seyfried (foto acima) no papel da protagonista, Linda Lovelace.

James Franco tem dois trabalhos no evento, ambos sobre sexo: o documentário “Kink”, codirigido por ele sobre o site de mesmo nome e sua fábrica de fetichismo, e o filme “Interior. Leather Bar”, que ele estrela.


“Quando entrei para esta indústria [do cinema], nos anos 60, sexo era sempre conectado com romance. Os costumes mudaram, os tempos mudaram, e hoje temos sexo num contexto totalmente diferente”, disse Robert Redford, cofundador do festival, sobre os trabalhos na programação.

“Hoje é mais sobre relações, não só sexo por sexo. É sobre relações e como elas mudam por causa das pressões das mudanças do tempo.”

Outros dois filmes com temática quente são “Don Jon’s Addiction”, um conto contemporâneo sobre a fábula de Don Juan e estreia na direção do ator Joseph Gordon-Levitt (na foto acima ao lado de Scarlett Johansson), e “The Look of Love”, de Michael Winterbottom, com Steve Coogan no papel de um fundador de uma revista britânica pornô.

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É tempo de Sundance, é tempo de neve!

Por @ferezabella
17/01/13 17:32

Cheguei ontem em Park City, no Estado de Utah, para o festival de cinema Sundance. Começa hoje e vai até dia 27.

A cidade fica no meio de picos nevados, repleta de resorts para esqui. Tudo muito exótico para mim. Hoje acordei com o termômetro batendo menos 22 graus!

É minha segunda vez aqui. No ano passado não estava tão frio assim, mas logo no primeiro dia peguei uma tremenda nevasca. Nem acredito que voltei… Pelo menos agora está sol.

O festival abre com uma coletiva com o cofundador Robert Redford e poucos filmes. A maratona cinematográfica dá início para valer amanhã.

Mais tarde posto uns destaques do evento. Por enquanto, divido minhas fotos, milhares de tons de branco.

 

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Globo de Ouro: a noite foi delas!

Por @ferezabella
14/01/13 05:09


Difícil uma noite longa de premiação ser agradável como esta do Globo de Ouro, liderada por Tina Fey e Amy Poehler. As piadas foram ótimas e no tom certo.

Foram poucas as surpresas, mas tivemos algumas, a começar pela desbocada Jennifer Lawrence, 22. “Bati Meryl Street!”, ela gritou ao subir ao palco e por as mãos em seu Globo de melhor atriz por “O Lado Bom da Vida”.

“Piadas a parte”, ela continuou, “queria agradecer [um monte de gente] e Harvey [Weinstein], obrigada por matar quem você teve que matar para me colocar aqui.”


O momento ponto de interrogação foi quando Jodie Foster recebeu um prêmio pela carreira e falou por quase dez minutos, misturando assuntos diversos como sua homossexualidade, privacidade, Honey Boo Boo e até uma possível aposentadoria. O discurso inteiro, em inglês, está aqui.

Além de “Argo” ter detonado “Lincoln”, outro inesperado foi ver a ruivinha de “Brave” bater “Frankenweenie” e Tim Burton. Outro sortudo foi Don Cheadle, que pegou ator de série cômica por “House of Lies”, ganhando de Louis C.K., Matt LeBlanc, Alec Baldwin e Jim Parsons.

Mas foram as mulheres que continuaram brilhando.

“Girls”, de Lena Dunham, ficou com melhor atriz e série dramática. Dunham fez um dos discursos mais carinhosos, agradecendo suas adversárias por tudo o que aprendeu com elas na TV (as veteranas Tina Fey, Amy Poehler e Julia Louis Dreyfus, além da novata Zooey Deschanel).

Anne Hathaway (coadjuvante por “Os Miseráveis”) também ficou entre os melhores discursos da noite, com uma homenagem a Sally Field, de “Lincoln”.

A cantora britânica Adele, em sua primeira aparição pós gravidez, veio para receber melhor canção por “Skyfall”. E Claire Danes apareceu para pegar seu QUARTO Globo de Ouro da carreira (o primeiro foi aos 15 anos, por “Minha Vida de Cão”).

 

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O novo, o velho e os esnobados do Oscar

Por @ferezabella
10/01/13 13:45

Daniel Day-Lewis ou Abraham Lincoln?

Veteranos de longa data estão de volta ao Oscar: Steven Spielberg, que já foi indicado outras 13 vezes e tem quatro estatuetas na prateleira, e Daniel Day-Lewis, indicado quatro vezes ao longo da carreira e com dois prêmios por “Meu Pé Esquerdo” (1989) e “Sangue Negro” (2007).

Eles disputam pela cinebiografia “Lincoln”, que recebeu hoje 12 indicações. Veja lista completa aqui

Nas duas categorias de ator, apenas três dos 10 indicados nunca ganharam um Oscar na vida: Bradley Cooper (“O Lado Bom da Vida”), Hugh Jackman (“Os Miseráveis”) e Joaquin Phoenix (concorreu outras duas vezes, agora por “O Mestre”).

Indicados de primeira viagem incluem também o diretor americano Benh Zeitlin, com seu longa de estreia “Indomável Sonhadora” (“Beasts of the Southern Wild”), que tem lançamento previsto no Brasil para fevereiro.

Quvenzhané Wallis, de “Indomável Sonhadora”

O filme foi feito com menos de US$ 2 milhões e conta as aventuras de uma garotinha que precisa sobreviver o fim do mundo. A atriz protagonista, Quvenzhané Wallis, hoje com nove anos, é a mais jovem atriz a ser indicado ao Oscar da categoria.

Já a francesa Emmanuelle Riva, que fará 86 anos no dia da entrega das estatuetas (24/02), é a atriz mais velha a ser indicada na história do prêmio. A veterana, que estrelou clássicos como “Hiroshima Meu Amor” (1959), está em “Amor”, de Michael Haneke, indicado em cinco categorias (certamente uma das surpresas do dia).

ESTRANGEIROS

Haneke já pode passar no guichê e levar um Oscar para casa. Além de atriz, roteiro original e direção, “Amor” concorre a melhor filme e também melhor longa estrangeiro.


Nesta última seus (não) concorrentes são o chileno “No”(que tem o produtor brasileiro Daniel Dreifuss), o dinamarquês “A Royal Affair”, o canadense “War Witch” e o norueguês “Expedição Kon Tiki”.

“Expedição” estreia no Brasil em 29/03 e fala sobre um explorador que percorreu mais de quatro mil milhas de balsa no Pacífico no anos 40. Em 1950, a aventura valeu Oscar de melhor documentário.

ESQUECERAM DE MIM?

A categoria direção foi a mais curiosa de todas. Deixou de fora Ben Affleck, Kathryn Bigelow e Tom Hopper, considerados até então favoritos, e incluiu o estreante Benh Zeitlin e o alemão Haneke.

Kathryn Bigelow recebendo Oscar por “Guerra ao Terror”

O sumiço mais sentido foi de Bigelow, primeira mulher vencedora de um Oscar de direção por “Guerra ao Terror” (2008):

“Será que o clube do bolinha negou uma indicação a Bigelow por que ela já ganhou por ‘Guerra ao Terror’?”, escreveu Peter Travers, crítico da revista “Rolling Stone”, em sua conta no Twitter. “Será que eles cansaram desta coisa de feminismo? Uma vez a cada 100 anos, certo?”

Entre os blockbusters, Batman e Christopher Nolan foram esnobados mais uma vez. Quem brilhou mesmo foi “007 – Operação Skyfall”, em disputa por cinco estatuetas. Adele, que canta a música-tema, deve se apresentar na festa.

“O Voo” também surpreendeu. Conseguiu arrancar duas indicações, incluindo melhor ator para Denzel Washington (veterano dono de dois Oscars).

BRASIL

Dois brasileiros estavam entre os semifinalistas e ficaram de fora. O músico paulistano Marcelo Zarvos tinha três trilhas sonoras na lista das 104 aprovadas para o Oscar da categoria. E o baiano Aly Muritiba, roteirista e diretor do curta “A Fábrica”, não passou dos 11 finalistas.

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Visitinha na varanda

Por @ferezabella
09/01/13 06:35

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E o Oscar vem aí! Brasil tem chance?

Por @ferezabella
08/01/13 10:00

tapete vermelho do Oscar 2012

Na próxima quinta-feira (dia 10), a indústria do cinema acorda às 5h (11h em Brasília) para ouvir o anúncio dos indicados do Oscar.

Na categoria melhor filme, meu palpite são todos os indicados do sindicato dos produtores. Vai ser difícil ter alguma surpresa.

Para filme estrangeiro, disputam as cinco vagas apenas nove filmes. Entre eles, está o chileno “No”, que tem um brasileiro entre os três produtores, o mineiro Daniel Dreifuss. Os outros são:

“Amour” (Austria), de Michael Haneke
“War Witch” (Canadá), de Kim Nguyen
“A Royal Affair” (Dinamarca), de Nikolaj Arcel
“Os Intocáveis” (França), de Olivier Nakache e Eric Toledano
“The Deep” (Islândia), de Baltasar Kormákur
“Kon-Tiki” (Noruega), de Joachim Rønning e Espen Sandberg
“Beyond the Hills” (Romênia), de Cristian Mungiu
“Sister” (Suíça), de Ursula Meier

Há outros dois brasileiros na páreo:

O compositor e pianista  paulistano Marcelo Zarvos tem três trilhas sonoras na lista das 104 aprovadas para o Oscar da categoria. Mais aqui.

E Aly Muritiba, que escreveu o roteiro e dirigiu “A Fábrica”, está entre os 11 curtas de ficção semifinalistas da categoria. Mais aqui.

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O melhor e o pior do cinema de 2012

Por @ferezabella
07/01/13 05:51

 

“Argo” – Vi no festival de Toronto, em setembro, e na hora bateu aquele alívio: finalmente um filme sério bom, 2012 ainda tem chance de ser um bom ano para o cinema. O que mais gosto é como Ben Affleck mistura sem choque térmico algo sério como revolução no Irã com a decadência hollywoodiana. É engraçado, é tenso, tem história e é cinematográfico.

“Magic Mike” – Assisti num cinema de San Francisco, em plena férias de verão dos americanos. Mulherada e gays em massa aplaudindo, um evento. Foi o filme mais divertido que vi no ano, alto astral e com a melhor performance de 2012 para Matthew McConaughey.

“Moonrise Kingdom” – Filme mais fofo de 2012. Simpatia total pela dupla de nerds e ótimo elenco de veteranos atuando nas pontas. Bem estiloso e original.


“O Lado Bom da Vida” – Vi também em Toronto, sem saber absolutamente nada da história. É incrível como muitas vezes é a nossa expectativa que mata o filme. É sensível, engraçado, um filme de personagens inusitados, mas sem forçar a barra. E finalmente Robert De Niro volta a deixar uma boa impressão. Estreia no Brasil em 1/02.

“Paperboy” – Melhor performance da vida de Nicole Kidman. E melhor cruzada de pernas desde Sharon Stone. É outro filme de personagens malucos, mas soltos na vida, trágicos demais, perdidos nos mangues da Flórida. Você sai do cinema meio abafado com aquela umidade, aquela violência. Sem previsão para estrear no Brasil.

“Mercenários 2” – Gosto de um bom blockbuster e acho que este foi o melhor de 2012. Mal lembro da história (tinha uma?), mas lembro que bati palmas (instintivamente) quando apareceu Chuck Norris. É saudosista e cômico. E daí que eles não são mais mocinhos?

“Holy Motors” – Há pouquíssimos filmes não-americanos em cartaz em Los Angeles. Sinto muita falta de São Paulo neste quesito. Adorei “Holy Motors” pela anarquia da trama, pela viagem, pela falta do politicamente correto, pela poesia sem ser chato ou babaca. Tem algo parecido com “Cosmopolis”, mas como “Cosmopolis” é chato, presunçoso! “Holy Motors” é filme arte sem blablablá sonolento.

“Prometheus” – Foi o filme de ficção científica de 2012. Fui com expectativa de não gostar, tinha lido críticas e tal, mas saí do cinema maravilhada. Faz belas homenagens ao gênero e leva a história adiante com questões interessantes. Tirando “Distrito 9”, faltam bons filmes de aliens no mercado. Chega de zumbi!


“The Act of Killing” – Vi poucos documentários em 2012, mas este foi de arrepiar os cabelos. Os diretores convencem líderes paramilitares da Indonésia, que chegaram ao poder após golpe militar de 1965, a encenar suas táticas de tortura e matança, como se fosse um filme de verdade. Como os caras são fãs de cinema, eles topam. E o que temos na tela são as confissões e detalhes escabrosos de uma gangue orgulhosa. É polêmico, mas tão poderoso e triste. Sem previsão de estreia no Brasil.

“Django Livre” – Final meio preguiçoso, mais um conto revanchista, mas toda a experiência até chegar lá é incrível.

Menção honrosa:

“A Hora mais Escura” – Acabei de assistir e não sei ainda se coloco na minha lista de melhores do ano. A primeira parte é confusa e pouco interessante (os anos atrás do Bin Laden). A segunda parte é simplista e pouco cinematográfica (quando acham um complexo suspeito no Paquistão, mas demoram para invadir). A terceira é surreal (quando entram no complexo). Mas daí o filme acaba. Gosto muito da personagem, mas já li histórias sobre ela que fazem o filme parecer incompleto demais. Estou digerindo ainda…

Os Piores de 2012

Como todo ano, muitos filmes ruins foram lançados. Elenco aqui os cinco que me surpreenderam pela chatice.

“Cosmopolis” – Sou fã de carteirinha de Cronenberg e esperei muito para o filme abrir aqui nos EUA. Talvez o que matou foi a alta expectativa. Achei maior blablablá sonolento, cinema zero.

“Os Miseráveis” – Não basta ser miserável, tem que cantar E DURANTE O FILME INTEIRO. Há dois ou três momentos incríveis, mas são massacrados por uma cantoria dos infernos. Estreia no Brasil em 1/02

“Curvas da Vida” – Como cansei do Clint Eastwood e seus personagens resmungões. Mal dá pra entender o que ele fala. O episódio da cadeira vazia não ajudou muito no quesito simpatia.

“Para Roma com Amor” – Curto uma novela, uma história italiana bagunçada, mas esta comédia é vergonha alheia. Acho que só o cantor de ópera valeria um filme.

“O Espetacular Homem-Aranha” – Blockbuster mais mala do ano, totalmente desnecessário e careta ao extremo.

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Produtores indicam melhor do cinema 2012

Por @ferezabella
02/01/13 21:25

Esta é a lista dos indicados ao prêmio de melhor longa de 2012 do grupo de produtores dos EUA, um dos melhores termômetros do Oscar.

O vencedor será anunciado em 26/01.

“Argo” (Warner Bros.)
Producers: Ben Affleck, George Clooney, Grant Heslov

“Beasts of the Southern Wild” (Fox Searchlight Pictures)
Producers: Michael Gottwald, Dan Janvey, Josh Penn

“Django Unchained” (The Weinstein Company)
Producers: Reginald Hudlin, Pilar Savone, Stacey Sher

“Les Misérables” (Universal Pictures)
Producers: Tim Bevan & Eric Fellner, Debra Hayward, Cameron Mackintosh

“Life of Pi” (Fox 2000 Pictures)
Producers: Ang Lee, Gil Netter, David Womark

“Lincoln” (Touchstone Pictures)
Producers: Kathleen Kennedy, Steven Spielberg

“Moonrise Kingdom” (Focus Features)
Producers: Wes Anderson & Scott Rudin, Jeremy Dawson, Steven Rales

“Silver Linings Playbook” (The Weinstein Company)
Producers: Bruce Cohen, Donna Gigliotti, Jonathan Gordon

“Skyfall” (Columbia Pictures)
Producers: Barbara Broccoli, Michael G. Wilson

“Zero Dark Thirty” (Columbia Pictures)
Producers: Kathryn Bigelow, Mark Boal, Megan Ellison

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