Meryl Streep estrela “Um Divã para Dois”, que estreia hoje no Brasil.
O filme é a maior DR dos últimos anos. Um tanto desconfortável.
Streep é casada com Tommy Lee Jones, um cara carrancudo, mas que vai amaciando com o passar do filme. Participei de uma entrevista com os dois em Los Angeles, com uma turma de jornalistas estrangeiros.
Streep já ganhou três estatuetas do Oscar, incluindo o mais recente por “A Dama de Ferro” (2011), além de ter sido indicada outras 14 vezes, como pelo papel de dona-de-casa em “As Pontes de Madison” (1995).
Ao ser perguntada por uma jornalista sobre como ela mantém a pele tão bonita (sim, alguém perguntou isto e juro que não fui eu, mas a resposta é boa), ela respondeu:
“No Oscar, eles te dão todas essas coisas de graça, e seja lá o que tiver no pacote, eu passo no rosto pelo resto do ano.”
Steve Carell está menos engraçado, mas é de propósito.
O ator completa hoje 50 anos e chega aos cinemas do Brasil neste mês com duas comédias dramáticas.
Em “Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo”, estreia do dia 24, ele faz um cara tristonho que embarca numa viagem para tentar encontrar um antigo amor antes que a Terra seja destruída por um asteroide (foto acima).
Já em “Um Divã para Dois”, estreia desta sexta-feira, ele vive um terapeuta de casais procurado por Meryl Streep para incrementar o casamento já morno com o carrancudo Tommy Lee Jones.
“Eu me considero um ator, mais do que um comediante”, ele me disse, num bate-papo no clube Soho House, em Los Angeles.
No momento, ele filma “The Way, Way Back”, assinado pelos mesmos roteiristas de “Os Descendentes” (2011). O papel não promete piadas: Carell fará um padrasto beberrão, drogado e infiel, casado com Toni Collette.
Carell X Carrey
Além da parceria com Collette, com quem já trabalhou no fofo “Pequena Miss Sunshine”, em 2006 (ele era o tio suicida), Steve Carell volta a atuar ao lado de colegas comediantes em filmes que chegam aos cinemas dos EUA em 2013.
Jim Carrey, seu inimigo em “Todo Poderoso” (2003), é seu rival mais uma vez em “The Incredible Burt Wonder-stone”: ambos são mágicos de Las Vegas.
Com Will Ferrell, volta a interpretar o homem do tempo Brick Tamland, na sequência de “O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy” (2004), comédia produzida pelo time de Judd Apatow (“O Virgem de 40 Anos”).
“É melhor saber o mínimo sobre jornalistas pois Brick não é um bom modelo”, disse Carell. “Para pesquisar esse personagem, é melhor ir ao zoológico.”
Tiozinho Sortudo
Pela primeira vez na carreira, Carell faz dois filmes em que seus interesses românticos são mulheres bem mais jovens.
Além de Olivia Wilde, 28, que interpreta uma assistente de palco pelo qual seu personagem se apaixona em “Burt Wonderstone”, ele faz par romântico com a britânica Keira Knightley, 27, em “Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo” (trailer abaixo).
“Sabia que Keira era uma grande atriz, mas imaginava que ela fosse um pouco séria ou intensa demais pelos papéis que já fez”, contou.
“Mas fiquei surpreso, ela não é nada disso, é muito doce e charmosa.”
Este é seu primeiro filme desde que abandonou o papel do egocêntrico Michael Scott da série “The Office”. Esse vai deixar saudade.
Dá para ver aqui da varanda de casa o planetário do Griffith Park, cenário daquele filme famoso do James Dean, “Juventude Transviada” (0u “Rebel Without a Cause”, 1955).
Hoje o parque não saiu da capa dos sites locais porque finalmente confirmaram os rumores que, sim, existe um leão morando por lá.
Biólogos conseguiram fotografar o animal de 60 quilos, apelidado de P-22 (p de puma). As fotos são do Griffith Park Connectivity Study.
Os cientistas disseram aos “Los Angeles Times” que o leão de três anos provavelmente veio das montanhas de Santa Mônica em meados de fevereiro. Para isto, ele precisaria cruzar pontes e duas freeways.
Em um estudo da freeway 405, dois leões foram mortos atropelados por motoristas.
O jornal tranquilizou a população dizendo que, de acordo com biólogos, leões da montanha são animais solitários que evitam contato humano.
Os cientistas chegaram a capturar P-22 para colocar um GPS e um aparelho de frequência de rádio e depois o soltaram. O GPS, no entanto, morreu logo em seguida.
Segundo o Wikipedia, o Griffith Park é um dos maiores parques urbanos dos EUA, com 4 mil acres. Ficou afins de fazer um safari?
São 17 longas-metragens, incluindo um sobre o Brasil, chamado “Without a Net” (foto acima).
O documentário segue jovens de uma favela no Rio de Janeiro que entram para uma escola de circo. A produtora-roteirista-diretora Kelly J. Richardson é também uma artista que fazia performances na cidade quando descobriu o projeto.
Caine e Cain não são parentes, mas ambas famílias ficaram famosas mostrando suas invenções no YouTube.
Pela rápida descrição do vídeo, o brinquedo dos Cain, do vídeo acima, foi feito com tubos de PVC, madeira e “muito concreto”. A queda tem cerca de três metros de altura.
O pai usa um bastão para empurrar o carrinho com a filha até o topo da “montanha russa”. Ou seja, tudo manual. A menina não para de rir, bem fofo.
Um jornal australiano entrevistou os pais, Natasha, 23, e Don, 28. Eles são de Ohio e disseram que levaram três finais de semana para construir o brinquedo, em 2009. A filha Olyvia, de três anos, aprovou.
O vídeo foi postado em fevereiro, mas só virou febre nos últimos dias. O YouTube disse ao Los Angeles Times que o vídeo acumulou centenas de milhares de hits nos últimos três dias.
O LA Times também dá a dica do vídeo abaixo, uma compilação de dez “montanhas russas caseiras”. As primeiras são meio sem graça. Lá pelo 1min38s ficam mais legais.
É isso mesmo. Aconteceram aqui no sul da Califórnia, entre terça e quarta-feira, mas já aviso logo aos familiares e amigos preocupados no Brasil: eu não senti nada!
E não reclamo. Estou com o pé engessado, ter que sair de casa com tudo balançando seria realmente impossível chato.
O treme-treme começou na noite de terça-feira, com tremor de 4.4 perto da região de Yorba Linda, duas horas de carro aqui de Hollywood Hills, onde moro. Pela manhã, rolou um 4.5 e, na sequência, outros menores.
Segundo o US Geological Survey, da Caltech, foram pelo menos 30 terremotos, mas apenas três que puderam ser sentidos. Os bombeiros afirmaram que ninguém ficou ferido e não há relatos de danos.
“Balançou bem. Já sentimos outros terremotos no passado então não teve surpresa”, disse o diretor de uma biblioteca em Yorba Linda ao jornal “Los Angeles Times”. “Algumas portas abriram, mas nada caiu das estantes.”
Para quem não sabe, os californianos vivem sobre a perturbadora falha de San Andreas.
É questão de tempo, alguns dizem 30 anos, para acontecer o “Big One”, que poderia matar milhares de pessoas só na região ao sul do Estado, como Los Angeles, San Bernandino e Riverside.
Para quem for passar por San Francisco e quiser dar uma esticadinha até Carmel, não deixe de ir ao Mission Ranch.
Não só porque é o famoso restaurante de Clint Eastwood, mas também porque o lugar é incrível, tem um clima bacana familiar e uma comida bem boa sem preço exorbitante.
Fui no ano passado com minha mãe e divido aqui nossas fotos de viagem.
É um lugar bem bucólico, dá para ver ovelhas pastando e o mar lá no fundo. Apesar de ser verão, fazia frio do lado de fora, por isso tinham vários aquecedores no pátio.
A cozinha é típica americana (e o que isto significa eu não sei – foto do menu no pé do post). Parece que as costelas são excelentes, mas a gente foi de peixe. Meu salmão estava bem gostoso, era uma porção generosa (isto sim, bem americano).
Há um pianista todas as noites, e há quem diga que o próprio Clint dá o ar da graça às vezes.
O restaurante faz parte de um complexo que tem também um hotel e espaço para eventos. Quando visitamos, estava rolando um casamento em outro espaço.
Clint foi prefeito da cidade entre 1986 e 1988. Ele comprou o rancho em 1986, impedindo assim que o local fosse destruído. Fez uma reforma gigante, preservando o estilo fazenda rústica.
Antes, em 1971, ele abriu um pub inglês na cidade, Hog’s Breath Inn, mas hoje o lugar tem outro dono.
O endereço é: 26.270 Dolores Street, Carmel (187 km de San Francisco)
Eles não aceitam reservas por telefone.
Horários: o restaurante abre diariamente às 16h, para coquetel. Jantar começa às 17h.
De domingo, há brunch das 10h às 13h30. Segundo um jornal local, é o melhor brunch de Carmel.
Jeff Daniels é o protagonista da nova série da HBO “The Newsroom”, como um âncora de um noticiário noturno.
Ele diz que, antes deste trabalho, estava quase desistindo da carreira de ator para viver só da sua música.
“Para ser honesto, vamos fazer bons roteiros, eu não aguento mais lidar com roteiros ruins. Não consigo. Caso contrário, perco o interesse.”
“The Newsroom” segue os bastidores do programa de TV e os embates entre seu personagem e nova produtora-executiva, uma ex-namorada e jornalista que volta aos EUA após cobrir algumas guerras.
“Escritores estão indo para a TV porque são respeitados na TV de uma forma que não são sempre no cinema. Com TV a cabo, eles têm a liberdade de fazer o que querem. É uma grande casa para escritores.”
Abaixo, dois clipes de Jeff Daniels, o músico.
“Há filmes na minha carreira, não importa o quão horríveis, que fizeram possível mandar meus filhos para universidade. Aquele outro horroroso construiu minha casa em Connecticut. É dois para eles, um para você, um que você se importa. Os outros é para pagar a casa, a educação dos filhos. Não é um negócio [ser ator] muito amigável para homens casados e com filhos. Ninguém liga para sua família.”
Lei outros trechos da entrevista que ele deu em Los Angeles para um grupo de jornalistas estrangeiros.
Como foi trabalhar com Aaron Sorkin e seu roteiro de falas super rápidas?
“É como dar voltas no quarteirão numa moto em alta velocidade e torcer para fazer bem as curvas porque tudo está sendo filmado”
“É muito trabalho para decorar tudo. O que é ok, é o que fazemos no teatro, estamos acostumados. As seis pessoas principais do programa tem experiência em teatro, ele fez isto de propósito.”
“Você precisa se organizar. Se vai gravar na terça, tente saber tudo até sábado e comece a revisar. Domingo e segunda, passe a ensaiar com velocidade. Se você sabe as falas, comece a dançar com elas, a brincar com elas. É diferente de aprender, decorar na véspera. É o desafio. Passei muito final de semana memorizando coisas.”
Em quem ele baseou o personagem?
“Aaron nunca disse que era baseado em alguém. Isto foi um alívio. Visitei muitas redações quando promovia filmes ao longo dos anos, CNN, Fox, você vê como as coisas funcionam, o que rola um minuto e meio antes de ir ao ar ao vivo”
“Nós atores estamos sempre observando. É mais divertido usar a imaginação no lugar de centenas de notas baseadas em entrevistas que você fez.”
Sobre o discurso do piloto:
“Não há nada ali que não seja verdade. Acho que podemos ser [o melhor país], mas existem tantos países incríveis neste mundo, porque um precisa ser o melhor de todos?”
Acontece até 23 de setembro, no Getty Museum, uma retrospectiva dos desenhos de Gustav Klimt (1862–1918), como parte das comemorações dos 150 anos de seu nascimento.
Boa parte dos mais de 100 trabalhos, que datam do século 19 ao comecinho do 20, vem do Albertina Museum, de Vienna.
Não há as pinturas douradas incríveis como a famosa “O Beijo”, mas sim as prévias, como a da foto abaixo, já que Klimt era um desenhista compulsivo e baseava todos seus trabalhos em elaborados desenhos.
Para quem nunca viu a rainha Elizabeth 2ª abrir um sorriso, o novo livro da Taschen mostra que, sim, a majestade sabe dar uma boa risada.
O livro “Her Majesty” comemora seus 60 anos de reinado, com fotos de sua juventude, retratos de família e imagens oficialescas — como uma dela conhecendo Marilyn Monroe –, acompanhados com texto do especialista em realeza Christopher Warwick.
Preço: US$ 150 (R$ 300). Haverá uma edição especial editada por Vivienne Westwood.