São dois outdoors/billboards feitos em homenagem a MCA, músico dos Beastie Boys morto neste mês. Foram pagos por um fã da banda e feitos em colaboração com Shepard Fairey, o mesmo daquele pôster famoso do Obama.
Outros dois artistas também ajudaram: Kaves, de Nova York, e o fotógrafo Glen E. Friedman, cujas imagens foram usadas nos dois projetos.
Ambos estão em Los Angeles, um na Fairfax e o outro na Sunset.
“São três grandes artistas [Fairey, Kaves, Friedman] que foram rápidos, estavam dispostos e entenderam sobre o que se tratava sem fazer um monte de perguntas”, disse May. “Peguei dinheiro do meu bolso e apenas fiz acontecer.”
As fotos são da capa da revista musical Complex, edição especial de 10 anos.
Apesar de lançada há um mês, parece que adivinhou o futuro, digamos assim. Ou influenciou demais o pequeno astro de cabelos perfeitos.
No domingo passado, Bieber se meteu numa confusão com um paparazzi, que diz ter sido atacado pelo músico de 18 anos na saída de um shopping center em Calabasas, aqui na Califórnia.
Bieber estava com a namorada, a cantora Selena Gomez. E os dois estão sendo procurados pela polícia para esclarecer o caso. Parece que ele viajou para a Europa, para um show em Oslo.
Autoridades divulgaram até mesmo um telefone para ouvir testemunhas que estavam no local. Imagina o que deve ter de “Bieberfans” ligando para proteger o garotão…
Talvez o ex-músico mirim queira mesmo deixar a imagem fofa de lado. Recentemente, ele andou tendo aulas de boxe com Mike Tyson, que tuitou a foto abaixo (via @miketyson).
O ator vive Franklin D. Roosevelt no filme inédito “Hyde Park on Hudson”, com estreia nos EUA marcada para dezembro (temporada dos prêmios!).
Laura Linney faz uma prima distante de Roosevelt, chamada para ajudá-lo quando ele recebe o rei e a rainha da Inglaterra, num final de semana de 1939, em Nova York.
Brasil é realmente sinônimo de verão. Enquanto vocês aí embaixo começam a sentir frio, aqui no Hemisfério Norte o calor vai tomando conta das vitrines.
A Macy’s, uma das lojas de departamento mais famosas do mundo, se vestiu de Brasil para apresentar suas novas coleções, com diversos brasileiros convidados.
Neste final de semana, topei com uma enorme propaganda num busão e também numa revista local.
Francisco Costa, Isabela Capeto e Dudu Bertholini estão entre os estilistas convidados.
Na propaganda da revista (primeira foto), um vestido da Neon sai por US$ 69 (cerca de R$ 140), imagino que uma pechincha perto dos preços no Brasil.
Há também acessórios para a casa de Marcelo Rosenbaum e o sempre presente Romero Britto.
No domingo, o cartão-postal de San Francisco completa 75 anos: a ponte Golden Gate (que de “golden”, dourado em inglês, não tem nada).
Uma série de eventos gratuitos vai acontecer durante todo o dia, como fogos de artifício e tours de bicicleta. O que mais chama atenção, no entanto, é uma exposição sobre suicídios.
Desde que abriu para pedestres, em 27 de maio de 1937, a Golden Gate é parada final de suicidas do mundo todo. Só em 2011, foram 37 suicídios, de acordo com uma organização que faz campanhas de prevenção e montou a mostra “Whose Shoes?”.
Outras 100 pessoas foram impedidas de pular no ano passado. Ainda assim, 2011 foi o segundo ano mais trágico em 15 anos e o quarto na história da ponte. Desde a abertura, mais de 1.500 se mataram ali.
A exposição terá os sapatos dos que pularam da ponte, incluindo as botas do soldado Harold Wobber, que lutou na Primeira Guerra Mundial e foi o primeiro a se jogar da Golden Gate.
Para atravessar a ponte a pé, é uma ventania danada e levada cerca de uma hora, se não me engano. Eu fiz o trecho há um ano e lembro que fiquei bem impressionada com os interfones ao longo do trajeto, como nas fotos aqui abaixo.
Há um documentário sobre o caso, disponível online.
Mindy Kaling, representante extra oficial das mulheres obcecadas em casar, emagrecer e ter filhos, segue firme no seu plano diabólico de dominação global.
Conhecida pelo papel da manipuladora Kelly Kapoor da série “The Office”, além de ser sua roteirista e produtora executiva, Mindy estreia no próximo semestre seu seriado próprio, “The Mindy Project”, no canal Fox (ainda sem previsão de chegar ao Brasil).
Ela fará uma personagem meio parecida com Kelly, mas bem-sucedida profissionalmente e, no lugar da firma de papel, trabalha num hospital como ginecologista obstetra.
Num clipe disponível na internet, o programa traz uma ponta de Ed Helms, que faz o chefe Andy de Kelly em “The Office”.
No novo seriado, os dois saem juntos, mas Mindy abandona o jantar para atender uma emergência.
A nova série vem na sequência de outro projeto de sucesso da Mindy: em 2011, ela lançou um livro de memórias “Is Everyone Hanging Out Without Me?” (todo mundo está se divertindo sem mim?), que chegou aos mais vendidos do “New York Times”.
Foi num estúdio bacana em Fort Lauderdale, perto de Miami. O disco deve sair em setembro. Conversei com os dois separadamente, após a gravação.
Aos 85 anos, o cantor é um verdadeiro gentleman, mas parece que a memória lhe falha bastante e que não tem papas na língua – comparou os shows gigantes feitos em estádio com eventos liderados por Hitler. Seguem aqui umas aspas dele:
“Acho engraçado que hoje há shows em grandes estádios, para 46 mil pessoas. É um grande negócio, mas não é íntimo mais. É engraçado. Me lembra Hitler, ele tinha uma grande audiência e não era nada bom. É por isso que eu gosto de TV, é muito íntimo, você está na casa de todo mundo. Hoje eu faço casas de shows, ainda dá para bastante gente, 2.100, 1.500 pessoas, vai toda a família.”
“Parece que a música está ficando cada vez mais e mais barulhenta. Quem pode ser mais alto? Bruce Springsteen ou paul McCartney? Quanto mais alto dá pra ficar, sabe?”
“Quando eu comecei, meus heróis eram Frank Sinatra, Nat King Cole, Ella Fitzgerald, eram meus favoritos, uns dez anos mais velhos que eu. E, naquele tempo, era tudo íntimo, como agora, nesta conversa, tudo natural.”
Sobre Brasil, disse que ama o Rio de Janeiro, que já foi umas sete vezes e que é muito bem tratado quando se hospeda no Copacabana Palace. Disse que é amigo próximo de João Gilberto e que lembra de seu filho (acho que ele queria dizer filha porque João não tem filhos, certo?):
“Meu cantor favorito no mundo todo é João Gilberto, ele é meu favorito. E somos bons amigos, ele veio em minha casa muitos anos atrás, quando estava começando. Foi uma grande emoção para ele. Seu filho tinha cinco anos. E agora ele é um homem lindo, o vi na Suíça, num festival de jazz. Não acreditei em como estava bonito.”
“João canta tão bem. Assim como esta linda menina que vi hoje [referência a Gadú]. Para mim, quanto mais ‘soft’ a música, mais correta ela é.”
Apesar da reação conservadora com a música dos estádios, Bennett é bem liberal com as drogas. Quando Whitney Houston morreu em fevereiro, na véspera do Grammy e antes de uma grande festa no mesmo hotel em que estava hospedada, Bennett subiu ao palco da festa e fez um discurso esquisito, totalmente fora de lugar, pela liberalização das drogas.
Quando perguntei se a morte de Houston e Amy Winehouse (com quem ele faz um belíssimo dueto no seu disco anterior) o fazia pensar no próprio fim, ele voltou com a mesma fala:
“Tem que legalizar. Aprendi na Holanda, onde as drogas são legalizadas. Há um controle pelo menos, não há um submundo, intrigas, gente te forçando a tomar mais e mais. Quando é legalizado, há moderação”.
Um detalhe: Bennett quase morreu de overdose de cocaína no final dos anos 70.
A entrevista durou uns 10 minutos, e uma assessora de imprensa me interrompeu umas três vezes para encerrar o papo. Faz parte do trabalho. No finalzinho, quando perguntei como ele lidava com as novas tecnologias da música, ele contou que tem um iPod e “coloca tudo que pode” no aparelho.
“Mas em casa tenho um bom equipamento para ouvir música. Escuto bastante rádio e vejo bastante TV, adoro programas sobre música.”
Maria Gadú chegou às 4h da manhã em Miami, na quarta-feira passada. “Nem dormi”, disse, às 17h do mesmo dia, prestes a entrar em estúdio com Tony Bennett para gravar um dueto de “Blue Velvet”, para um álbum do americano só com colaborações de artistas latinos.
Ela dá umas últimas (e desesperadas?) fumetadas no cigarro e desaparece pela porta. “Véio, eu fumo. Tô num projeto de parar, mas sou fumante, infelizmente. Mas quero parar, estou num processo. É difícil. E aí acontecem essas coisas, como faz?”, ela diz, depois da gravação.
Gadú me contou que costumava ouvir músicas de Bennett com a avó, que também ouvia Frank Sinatra, Carmen Miranda, Maísa e Nelson Gonçalves.
“Foi minha primeira fase musical. Minha avó só ouvia isso e ficava cantando em casa, sempre.”
Coincidências da vida, ela disse que dias antes de receber o convite para o dueto, estava cozinhando em casa com seu amigo e colaborador Maycon Ananias, ouvindo o disco novo de Bennett, “Duetos 2”, sem parar.
Ao chegar na casa onde fica o estúdio, em Fort Lauderdale (Flórida, EUA), Bennett a recebeu com um abraço caloroso. Os dois nunca tinham nem sequer conversado antes e, menos de meia hora depois, estavam cantando lado a lado. Ao fim de cada versão, ela dava uma risadinha, e ele a elogiava.
A preparação, ela conta, foi assim:
“Já conhecia a música, fiquei ouvindo mais, só escutando, curtindo. Tem versões ao vivo, versões de outras pessoas, uma coisa mais bonita que a outra. Fiquei caçando no YouTube.”
O resultado é parecido com “Blue Velvet” que ele canta com k.d. lang no álbum anterior, “Duets 2”, lançado no final do ano passado. Gadú canta em inglês e também versos em português: “De veludo azul se revestiu meu coração, mais do que o azul do seu olhar, a tua boca a suspirar, um querer”.
Abaixo, o vídeo da k.d.lang com Bennett e a famosa versão de Isabella Rossellini no filme “Veludo Azul”, de David Lynch.
Voltando a Gadú…. ela lançou seu primeiro álbum em 2009 e o segundo veio há pouco tempo, neste ano. Em três anos, já foi alçada a voz da nova geração da MPB. Perguntei sobre o lado bom e ruim da fama. Ela disse:
“Vixe, tem um monte de coisa pros dois lados. O lado bom são estas coisas [aponta para o estúdio], viabiliza um monte de coisa, como também poder tocar num palco com estrutura legal, som bom.”
“O lado ruim… Tem uma exposição pessoal, de energia, de astral um pouco, sabe? Você se sente um pouco deturpado, você faz um show e ali tem muita coisa, muita gente prestando atenção. Aí eu saio do show meio esquisita, muito ruim às vezes.. muita vibração que vai. É um lado ruim. E, às vezes, no meu caso por ser cantora, você fica muito refém do corpo. Se você acordar meio esquisito, tem que cantar do mesmo jeito.”
O álbum de duetos de Bennett contará com outros artistas latinos, muitos da América Latina. Poderá ser uma oportunidade para Gadú ter seu trabalho exposto nos países vizinhos. Seu agente, Luis Felipe Couto, explica que já há muita procura:
“O problema é viabilizar porque a América Latina está muito pobre de uma forma geral. Eles querem levar show voz e violão, e não é o que a gente quer. Eles dizem que é pra conseguir viabilizar, principalmente Argentina e Chile”, disse Couto.
Amanhã, posto aqui mais sobre meu papo com Tony Bennett.
Mick Jagger, o banqueiro. Mick Jagger, o californiano. Mick Jagger, o vendedor nerd de seguros.
E, por fim: Mick Jagger, piadista político!
O rolling stone foi o convidado especial do “Saturday Night Live”, no último programa da temporada, neste sábado.
Fez piadas e, claro, cantou e dançou pra valer. Subiu ao palco com Arcade Fire, Jeff Beck e Foo Fighters (na foto abaixo, tirada da TV, com Dave Grohl). Tocou até “It’s Only Rock and Roll”!
Cheguei no meio do programa e dei de cara com Jagger fazendo papel de banqueiro, do JP Morgan, de cabelo lambido. Meu deus, como o homem envelheceu! Mas acho que era parte do personagem. Mesmo assim, já são 68 anos nas costas…
Depois ele imitou um californiano afetado, num esquete novelesco (primeira foto), e se vestiu também Steven Tyler (Aerosmith) como júri de uma versão hippie do “American Idol” (vídeos abaixo).
Outra parte surpreendente foi quando ele cantou uma música inspirada nas eleições americanas, com Jeff Beck. Canção inédita, vejam só.
Os versos diziam algo sobre Mitt Romney (pré-candidato republicano) começar a rezar e não deixar que ninguém corte seus belos cabelos. E terminava com: “Quem vai ganhar, ninguém sabe, mas aposto que em seis meses vai estar gritando: ‘como faço para sair daqui!'”
Detalhe incrível: o programa foi todo feito ao vivo, Jagger correndo de um lado pro outro, trocando de roupa, perucas mil. Não à toa parecia bem despenteado toda vez que subia ao palco. E, além de tudo, conseguiu mandar um “shit” ao vivo na TV americana, ao cantar com Beck. Coisa de herói.
OBS – Uma parte dos fãs ficou bem decepcionada com o programa: eles tinham esperança de que rolasse uma reunião dos Rolling Stones e que fosse feito o anúncio da tal esperada turnê… Pena, fica pra próxima.