“Keep Austin Weird” — este é o lema de Austin, capital do Texas. Algo como “mantenha Austin esquisita”.
A cidade é também a capital da música ao vivo, e isto fica comprovado ao passear à noite pela 6th Street. Só tem barzinho e um monte de banda tocando. Muitas casas nem cobram “cover” (extra para a banda).
Hoje rolou um show em homenagem aos 80 anos do nascimento de Johnny Cash, morto em 2003. Os ingressos iam de 135 a 180 dólares, e tocavam Lucinda Williams, John Hiatt, Ronnie Dunn, Sheryl Crow e Willie Nelson.
E hoje também — às 4h20pm — apresentaram a estátua em homenagem a Willie Nelson, foto acima. O músico apareceu e cantou duas músicas, a clássica “On The Road Again” e a nova “Roll Me Up and Smoke Me When I Die”.
Abaixo, foto do Congresso do Texas.
E a “penalty wheel” das TXRD Lonestar Rollergirls – outro dia explico com calma o que é.
Um dos livros mais legais que li recentemente: “Ful Service”, de Scotty Bowers.
Não só por causa dos detalhes pornográficos da vida sexual de estrelas de Hollywood, mas pelas imagens de uma Los Angeles do passado, do sexo livre, da falta de julgamento. O autor é um barato, um cara que curte a vida sem culpa.
O livro é bem gráfico, e a matéria que fiz para a Folha é bem “limpinha”.
Livro reúne segredos eróticos de astros de Hollywood
No auge de sua carreira num posto de gasolina em Hollywood, o ex-fuzileiro naval de olhos azuis Scotty Bowers serviu à nata das estrelas dos estúdios ao redor.
Mas elas não vinham encher o tanque. Katharine Hepburn queria saber de jovens morenas, Bob Hope pedia mulheres mais maduras e Errol Flynn, moças que “aparentassem 14 anos”.
Não à toa, Bowers acabou conhecido como “sr. Sexo”.
E só agora, aos 88 anos, ele resolveu registrar suas histórias em livro, tirando celebridades do armário e contando detalhes explícitos, como as posições sexuais preferidas de astros de cinema, música e teatro.
Primeira: dia 28 acontece a 10a edição do The Grilled Cheese Invitational — competição de queijo quente! No Rose Bowl, em Pasadena.
Não entendi muito bem como funciona, mas parece que, pagando o ingresso de US$ 15, você pode comer queijo quente à vontade dos competidores. Ou você pode competir. No final do dia, um júri escolhe o melhor.
Segunda notícia: a lista de melhores lugares de Los Angeles para comer queijo quente, feita pelo semanário LA Weekly.
Dos dez citados, eu só conheço a Joan’s on Third (foto acima – 8350 W. Third St), tipo uma padoca bem descolada, com sandubas feitos na hora e comidinhas prontas para levar pra casa. Eu recomendo.
Sexta passada fiz um bate volta a Las Vegas para ver o novo show de Mike Tyson, no teatro Hollywood, do cassino MGM.
O cara é péssimo ator, mas tem umas histórias engraçadas. O texto abaixo na Folha.com.
Uma banda toca ao vivo, enquanto Mike Tyson espera sua vez atrás da cortina, dando pulinhos, estalando o pescoço, como que à espera para entrar num ringue. No lugar dos shorts de boxe, veste terno, sem gravata.
“Ele foi campeão do mundo diversas vezes, vocês o conhecem como Mike de Ferro, o cara mais malvado do planeta. Mas, nesta noite, ele é apenas Mike”, grita um apresentador empolgado, num teatro de cassino em Las Vegas, pequeno para os padrões da cidade, com 700 lugares.
É a estreia de seu show “Undisputed Truth” (verdade incontestável), na sexta-feira (13), um monólogo sobre sua vida tumultuada que pretende levar à Broadway e diversos países. É coescrito por sua terceira mulher, Kiki, e dirigida por Randy Johnson.
“Oh man, o que estou fazendo aqui?”, diz Tyson, 45 anos, aparentemente nervoso, ao pisar no palco. “Bem-vindos à minha sala de estar. Quis fazer este show para vocês me entenderem melhor, nas minhas próprias palavras.”
Ontem foi dia de CicLAvia em Los Angeles: 16 quilômetros de ruas fechadas para ciclistas, patinadores, pedestres e afins.
O evento começou em 2010 e está na quarta edição.
O prefeito Antonio Villaraigosa aproveitou o oba-oba para lançar um programa de US$ 16 milhões, financiado por uma empresa privada, para distribuir 4 mil bicicletas de aluguel por 400 quiosques pela cidade.
O projeto deve demorar de 18 to 24 meses, e as bicicletas serão distribuídas pelo centro de Los Angeles, Hollywood, Playa del Rey, Westwood e Venice Beach. Os preços serão: US$ 6 pelo dia todo, US$ 1,50 por uma hora, e US$ 4,50 por 90 minutos. Meia hora é gratuito.
Como São Paulo, Los Angeles é uma cidade de carros. E, também como em São Paulo, os motoristas travam uma luta com “bicicleteiros”.
Há alguns trechos de ruas com espaços para bicicletas, mas pouco. Muitas vezes motorista não respeita a bike, que, por sua vez, não respeita sinal, nem calçada etc.
Neste mês, uma ciclista de 42 anos foi parar no hospital com “vários ossos quebrados” depois de ter uma discussão no trânsito com um motorista e ser atingida pelo mesmo alguns minutos depois. O caso está sendo investigado pela polícia.
Fotos – primeira, do Los Angeles Times; segunda do Bike Nation, empresa responsável pelo programa de aluguel de bicicletas.
Com o fim do julgamento do Pirate Bay, o diretor Simon Klose anunciou em seu blog que agora pode finalmente começar a montar seu documentário sobre os fundadores.
O sueco de 36 anos, que começou a empreitada em 2009, espera lançar “TPB AFK” até o final deste ano.
O nome do filme são as iniciais de “The Pirate Bay Away From Keyboard”. Os fundadores, dois deles na foto acima sendo filmados por Klose, são Peter Sunde (Brokep), Fredrik Neik (TiAMO) e Gottfrid Svartholm (Anakata).
Em fevereiro, a Suprema Corte da Suécia esgotou os recursos dos fundadores do site. Eles terão que cumprir pena na cadeia (de 8 a 12 meses) e pagar US$ 6,8 milhões em danos.
Para quem não lembra, Klose conseguiu US$ 51 mil para fazer o filme através de doações no site Kickstarter, em apenas um mês de 2010. O objetivo era conseguir a metade, que ele levantou em apenas três dias.
O governo da Suécia também deu outros US$ 30 mil em fundos para ele terminar.
Conversei com Simon Klose por email, no mês passado, e divido aqui nosso papo:
Folha – Quais os desafios para editar todo este material desde 2009?
Simon Klose – Temos cerca de 200 horas de filmagem no total. O maior desafio é escolher quais histórias vão entrar no filme. As muitas voltas (mais estranhas do que a ficção) da história do Pirate Bay não cabem num único longa-metragem. Ainda bem alguém inventou a internet para eu poder lançar um monte de material extra.
Folha -Qual será o foco do filme? Mais os dramas jurídicos ou vamos ver o processo de trabalho de Tiamo, Brokep e Anakata?
Simon Klose – Será um filme sobre as histórias pessoais de três rebeldes do computador. Quando eu os conheci, percebi que eram caras realmente interessantes. Espero que o público ache a mesma coisa.
Folha – Qual será a consequência dos resultados do julgamento para o futuro da internet?
Simon Klose – Do ponto de vista legal, está claro agora que, ao menos na Suécia, é ilegal operar um site de torrent que dá links para material com copyright. Acho que isto pode assustar pessoas que queiram começar novos sites de torrent. Mas para os 29 milhões de usuários do Pirate Bay, com o site ainda online, o veredito parece ter pouco efeito na realidade.
Folha – A visita que eles fizeram ao Brasil e o encontro com o então presidente Lula em 2009 vai acabar no filme?
Simon Klose – Espero que sim! É um processo terrível que tenho com meu montador/editor, de matar conflitos queridos diariamente.
Um dos museus mais lindos (porém com uma das coleções mais fracas) de Los Angeles está com uma exposição do fotógrafo fashion Herb Ritts – “Herb Ritts: L.A. Style” .
Abriu na terça agora e vai até final de agosto, no Getty Museum.
“He incorporated the L.A. landscape, the sea and surf into his work,” says curator Paul Martineau, pointing to a photograph Ritts took for Versace in 1990, of a model and a diaphanous gown braving the desert wind. His favorite time of day to shoot was 3 to 6 p.m., when he was able to capture that magic L.A. light and create the sense of warmth that radiates from every frame.
“Cada um Tem a Gêmea que Merece”, comédia estrelada, escrita e produzida por Adam Sandler, conseguiu a façanha de levar T-O-D-O-S os dez prêmios do Framboesa de Ouro entregues hoje, domingo, numa cerimônia que celebra o pior do cinema americano.
Sandler saiu “vencedor” até mesmo na categoria pior atriz, já que interpreta uma mulher no filme, originalmente chamado “Jack & Jill”. O ator bateu Kristen Stewart e Sarah Jessica Parker.
Não sobrou nem para Al Pacino: ele ficou com a Framboesa de pior ator coadjuvante, pelo papel dele mesmo, apaixonado pela personagem de Sandler.
Pior direção ficou com Dennis Dugan, de “Cada um Tem a Gêmea que Merece” e também “Esposa de Mentirinha”, estrelado por Sandler (quem mais?) e Jennifer Aniston.
O Framboesa de Ouro existe há 32 anos e é escolhido por 657 votantes — a maioria dos EUA.
Há os votantes convidados, como jornalistas de entretenimento e profissionais da área, e há os pagantes (http://razzies.com/join.asp), que desembolsam entre 40 e 100 dólares para poder votar e participar da cerimônia.
Geralmente acontece na véspera do Oscar, mas este ano eles resolveram mudar para o Dia da Mentira.
Desta vez, parece que ninguém foi receber o troféu, ao contrário de Halle Berry em 2005, pior atriz por “Mulher Gato”, e Sandra Bullock, em 2010, pior atriz por “Maluca Paixão”.
Bullock levou um carrinho cheio de roteiros e DVDs do filme para distribuir para a platéia. “Acho que vocês não assistiram ao filme direito”, ela disse, fazendo todo mundo rir.
Berry também não perdeu a esportiva. Tem o vídeo dela abaixo, num discurso hilário de uns sete minutos.
“Primeiro eu queria agradecer a Warner Brothers por me colocar num filme de merda horroroso […] Queria agradecer também os 20 roteiristas do filme. Ei caras, pelo menos vocês tentaram!”, ela diz.