São três da manhã e bateu uma larica por cupcakes suculentos? Ou um desejo incontrolável por sucos naturebas de couve, pepino e aipo? Se você estiver em Los Angeles, seus problemas estão resolvidos (e com glamour).
No Santa Monica Boulevard, 9.635, em Beverly Hills, um caixa eletrônico 24h de cupcakes vem fazendo sucesso há um ano. Em março, a loja vizinha de sucos orgânicos chamada Kreation embarcou na onda e criou sua própria maquininha. Ambos ficam a duas quadras da Rodeo Drive.
Numa noite recente, 15 pessoas faziam fila para comprar os cupcakes da Sprinkles, entregues em caixinhas de papel. O sabor “red velvet” sai por R$ 8 e há cupcakes até para cachorros (de iogurte, sem açúcar).
Já nos sucos, apenas duas pessoas navegavam pela tela sensível ao toque. Um suco de abacaxi e maçã, em uma garrafinha de plástico, saiu por R$ 15 (e veio morno). Também tem água de coco por R$ 12 e outras dezenas de misturas.
Entre os dois “caixas”, há uma sorveteria deliciosa que funciona até as 23h. E, do lado do cupcakes, há uma vidente sempre a postos.
O documentário “Hey Bartender” circula pelos bares badalados das grandes cidades dos EUA em busca dos drinks mais incríveis e suas respectivas histórias.
O diretor Douglas Tirola contou ao semanário “LA Weekly” que queria fazer um filme sobre bares de esquinas (“corner bars”), mas percebeu que não era a melhor época da história para tais estabelecimentos.
No lugar, decidiu filmar o que considera estar em sua melhor época: bares modernos de coquetéis e os figuras que os lideram. Veja o trailer:
Segundo o “LA Weekly”, alguns bartenders de Los Angeles aparecerem no filme, como Eric Alperin, do bar The Varnish, e Matt Biancaniello, que trabalhou no Library Room do Roosevelt Hotel e agora está no bar do Cliff’s Edge.
O filme teve vida curta no circuito de cinemas neste mês, após estreia no festival South By Southwest, em março. Porém, aqui nos EUA e talvez no Brasil, dá para ver pagando US$ 7 no YouTube, na Amazon.com ou no iTunes.
Não é neon, e sim pintura com luz (ou “light painting” como eles dizem aqui).
A foto acima é do artista Darren Pearson, de Los Angeles, que usa a luzinha LED do seu chaveiro para “pintar” dinossauros e anjos, capturando as imagens com sua câmera Cannon 7DSLR.
Ele foi convidado para mostrar sua arte no aniversário de 100 anos do Museu de História Natural de Los Angeles, no final de semana passado. O local conta com diversas réplicas de dinossauros e passou recentemente por uma grande renovação.
Ele começou imitando Banksy, mas acrescentou um detalhe aos famosos desenhos do grafiteiro inglês: o rosto bonachão de Tom Hanks. O ator aprovou, tuitou e até apareceu para comprar um trabalho na primeira exposição do artista.
O nome dele? Hanksy. Mas a fila anda, e o artista evoluiu na lista de celebridades. Agora, ele faz estêncil de Christopher Walken como zumbi, Jamie Foxx como raposinha, Christian Bale como papa e muitas outras gracinhas.
Há um pôster similar à venda na galeria por US$ 15
Poster à venda por US$ 70
“Não é uma arte para virar a cabeça de ninguém, sou apenas mediano”, afirma. O nova-iorquino está no momento em Los Angeles para sua primeira mostra na cidade, que acontece até o próximo sábado, na Gallery 1988. “Fãs de piadas ruins e arte divertida vão se sentir em casa”, promete.
A Gallery 1988 (7308 Melrose Ave.) é um espaço conhecido por exibir obras relacionadas a seriados ou filmes, como uma exposição que fez sobre “Breaking Bad” e outra sobre o diretor Judd Apatow.
Mugly, vencedor de 2012 e 2005. Foto do evento no Facebook
Acontece no próximo dia 21 na cidade californiana de Petaluma o famoso Concurso do Cão Mais Feio do Mundo (World’s Ugliest Dog Contest). Quem não lembra da belezinha da foto acima?
O evento chega a sua 25a edição e terá uma retrospectiva com vencedores antigos, uma parada com cachorros para adoção, concurso de beleza e várias outras atividades “caninas”.
O prêmio para o cão mais feio subiu de US$ 1.000 para US$ 1.500. O vencedor será escolhido por um painel de jurados nas categorias pedigree e vira-lata.
“Todos precisam passar por uma rodada classificatória para assegurar que são verdadeiramente feios antes de subir ao palco”, diz o panfleto do evento. Vicki DeArmon, produtora do evento e autora do livro ainda inédito “World’s Ugliest Dogs”, completou: “O concurso é a prova canina de que feio é o novo bonito.”
Os donos precisam levar documentação provando que seus animais são saudáveis.
Três instituições de Los Angeles celebram o diretor inglês no mês de junho: o CineFamily, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e o museu Lacma.
O CineFamily, um dos cinemas alternativos mais incríveis da cidade, organiza a série “Hitchcock B-Sides & Rarities”, do dia 11 ao 24. Começa com uma cópia de 35 mm de “Um Barco e Nove Destinos” (1944) e traz também “O Homem Errado” (1956), “Correspondente Estrangeiro”(1940), “Frenesi” (1972), entre outros.
Haverá também uma sessão no dia 15 chamada “Unseen Hitchcock: Home Movies & Other Rarities”, na qual serão apresentados testes de câmera da atriz Tippi Hedren, testes de filmagem para um thriller dos anos 60 nunca realizado (inspirado por “Blow-Up”) e vídeos caseiros do próprio Hitchcock.
Já a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, aquela que organiza o Oscar, vai fazer no dia 18 uma sessão dupla de “Chantagem e Confissão” (1929), primeiro filme falado do Reino Unido. Serão exibidas a versão muda e depois a versão falada, com acompanhamento musical ao vivo.
No dia 19, é a vez da versão 3D de “Disque M para Matar” (1954), com participação de Rob Legato, ganhador do Oscar de efeitos visuais.
O museu Lacma apresenta o programa “The Hitchcock 9”, entre 27 de junho e 13 de julho, uma série com os nove primeiros filmes do diretor, feitos entre 1925 e 1929, e recém-restaurados pela British Film Institute (BFI).
Alguns dos filmes são: “The Pleasure Garden”, sua estreia no cinema, “Downhill”, “Easy Virtue”, “Champagne” e “The Farmer’s Wife”. Haverá também “O Pensionista”, que o próprio diretor chamou de “o primeiro filme de Hitchcock de verdade”. Ele faz sua primeira aparição aqui. O filme está no YouTube, link abaixo, mas sem restauro.
O programa “The Hitchcock 9” está fazendo um tour pelos EUA e será exibido também no San Francisco Silent Film Festival (14-16 de junho) e no Brooklyn Academy of Music (29 de junho e 5 de julho). Outras cidades do tour são Washington, DC, Berkeley, Chicago, Seattle, Houston e Boston.
É com uma tigela repleta das frutinhas pretas que o ator americano de 59 anos gosta de ver TV em casa, colhidas no bosque de seu quintal em Hollywood Hills, com mais de cem tipos de árvores frutíferas.
Obcecado por frutas exóticas, Pullman é um dos personagens do documentário “The Fruit Hunters” (sem previsão de chegar ao Brasil), que vai dos EUA a Bornéu, passando por Itália e Honduras, à procura das variedades mais raras.
“É um filme pornô para os comedores de frutas”, explica o ator de “A Estrada Perdida”, no lançamento do filme num cinema em Los Angeles.
Ao final da sessão, donos de viveiros de mudas do sul da Califórnia que participam do filme trouxeram frutas para o público experimentar. Tinha jaca (!) e outras esquisitices do Irã e do Paquistão.
Pullman comprou sua jabuticabeira brasileira num destes viveiros e levou uns sete anos para aparecer as primeiras frutinhas pretas. O pé é um dos destaques do seu pomar de 20 anos, ao lado de um pé de amoras persas.
“Sempre que vem alguém aqui em casa, ofereço as jabuticabas e nunca ninguém ouviu falar. Acho que é a árvore mais exótica que tenho”, contou o ator por telefone, enquanto visitava uma “apple store” (só depois caiu a ficha se era uma loja de maçãs ou de computadores…)
Em 2011, ele criou o “pomar virtual” Hollywood Orchard no seu bairro, catalogando todas as árvores frutíferas da região. Mutirões são organizados para colher as frutas, que são doadas para comunidades carentes ou transformadas em geléias para levantar fundos para a ONG.
Para saber sobre os próximos mutirões do Hollywood Orchard, fique de olho no site oficial – http://www.hollywoodorchard.org/. Num recente, quem apareceu para ajudar foi o músico Moby.
A Los Angeles Derby Dolls (LADD), liga de roller derby da qual sou afiliada, organiza a 6a edição do torneio nacional “Battle on the Bank”. O nome faz menção à pista inclinada (banked) na qual o jogo sobre patins acontece.
Começa nesta sexta-feira e vai até domingo. Ingressos variam de US$ 15 a US$ 80. Site oficial: http://battleonthebank.com/vi
Serão oito times de cinco Estados americanos e ligas convidadas de roller derby infantil: LADD, Arizona Derby Dames, OC Roller Girls, San Diego Derby Dolls, Penn Jersey Roller Derby, Salt City Derby Girls, Sugartown e Tilted Thunder.
Além dos jogos, haverá food trucks, música ao vivo e uma vila com bar, lojinhas de roupas e acessórios esportivos. Eu estarei por lá no final de semana, ajudando na organização.
Abaixo, o time de All Stars da LADD, vencedor do campeonato de 2012, sediado em Seattle.
O americano Ron Finley cansou de dirigir 40 minutos para conseguir comprar uma maçã sem pesticida. Também cansou de ver a quantidade de lanchonetes fast-food e de gente obesa circulando por seu bairro, South Los Angeles.
Decidiu, então, plantar uma horta comunitária bem na frente de sua casa, num pedaço de terra mal-cuidado na calçada. A prefeitura reclamou, Finley batalhou pelo espaço e a horta virou um movimento. Hoje, já são 20 espalhadas pela região.
“Jardinagem é a coisa mais terapêutica e provocadora que se pode fazer na cidade. E ainda dá morangos de brinde”, disse Finley no TED, evento que acontece anualmente em Long Beach, reunindo por uma semana palestras de designers, educadores e gente do Vale do Silício.
Segundo Finley, o índice de obesidade em South Los Angeles é cinco vezes maior que no abastado bairro de Beverly Hills, a apenas 15 quilômetros de distância.
L.A. também lidera as cidades dos EUA com mais lotes abandonados, um total de 6.500 hectares de terra ou 20 vezes o Central Park de Nova York. “Ou 720 milhões de pés de tomate”, brinca Finley, cofundador do grupo LA Green Grounds, que planta hortas no bairro gratuitamente.
“Sou artista, jardinagem é meu grafite. Você precisa ver o que acontece se deixar o solo ser sua tela em branco”, disse Finley, que é designer de roupas e coleciona obras de artistas negros. “Você precisa ver o que isso faz com as crianças. Se uma criança plantar couve, ela vai comer couve.”
O verão só começa por aqui oficialmente dia 21, mas os eventos da temporada já estão rolando.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas organiza pela segunda vez o “Oscars Outdoor”, uma série de filmes exibidos ao ar livre num grande gramadão em Hollywood.
Pode levar cadeiras de praia e cestas de piquenique (bebidas alcóolicas serão permitidas, mas nada de fumar!). Haverá também food trucks.
A tela tem 12 por 6 metros, e o ingresso custa apenas US$ 5, incluindo estacionamento.
Os ingressos para os dois primeiros filmes, no próximo final de semana, já estão esgotados, mas o evento acontece até 24 de agosto. Até lá, serão exibidos clássicos do cinema e outros filmes famosos, como “Vertigo”, “Peter Pan”, “Os Fantasmas se Divertem” e “Caçadores de Emoção”.
O local do evento, chamado Academy Hollywood, foi construído em 2012 e fica no 1341 da Vine Street (entre De Longpre Avenue e Fountain Avenue). Clique aqui para ver a programação completa.