O ator Jeff Bridges, 63, internaliza o “Dude” mais uma vez. Agora, para lançar um livro escrito em parceria com o mestre zen Bernie Glassman, amigo que vem lhe ensinando budismo há mais de dez anos. Foi o professor quem o convenceu da empreitada, ao contar que muitos budistas consideram seu personagem de “O Grande Lebowski” (1998) uma referência zen.
“Se todos pensassem como o Dude, não haveria mais guerras”, diz Bridges, lembrando uma passagem do filme em que ele concorda em discordar com um de seus amigos durante uma partida de boliche.
Bridges e Glassman fizeram um retiro de cinco dias num rancho, em Montana, e gravaram suas conversas filosóficas, que vão desde exercícios zen, como olhar no espelho e rir de si mesmo todas as manhãs, a curiosidades sobre a vida e o trabalho de Bridges.
“Minha mãe sempre dizia, antes de eu sair para o trabalho: ‘Lembre-se de se divertir e não levar isso tão a sério'”, contou o ator, num evento da Biblioteca Nacional, em Los Angeles, para lançar “The Dude and the Zen Master” (Ed. Blue Rider), sem previsão de lançamento no Brasil.
No final, alguém perguntou a Bridges sobre o que o ‘Dude’ acharia da Church of the Latter-Day Dude, mas ele fugiu da pergunta: “Ele ficaria abismado. E curtiria”, disse.
O roupão que Jeff Bridges usa em “O Grande Lebowski” (1998) é um dos destaques de um leilão de mais de 1.000 objetos de Hollywood que acontecerá em 2 e 3 de março, na sede da Premiere Props, em El Segundo.
É possível dar lances online, e o preço para o roupão já está em mais de US$ 1.000. Meias, cuecas e camiseta fazem parte do pacote. Fotos aqui.
O leilão também trará um shorts jeans verde usado por Walter (John Goodman), avaliado em US$ 500. Há também três armas usadas em “Django Livre” e outros itens de filmes como “O Lado Bom da Vida”.
O museu FIDM (Fashion Institute of Design & Merchandising), no centro de Los Angeles, abriu na semana passada uma exposição gratuita com os figurinos dos cinco filmes indicados ao Oscar:
“Lincoln”, “Anna Karenina”, “Os Miseráveis”, “Espelho, Espelho Meu” e “Branca de Neve e o Caçador”. Clique nas fotos para aumentá-las.
“Branca de Neve e o Caçador”
“Lincoln”
No total são 100 figurinos, incluindo de outros 15 filmes indicados a outras estatuetas, como “Argo”, “Django Livre”, “Hitchcock” e “O Mestre”. O vencedor do ano passado, “O Artista”, também tem uma ala dedicada.
Este é o 21o ano que o museu organiza esta exposição para o Oscar.
“Os Miseráveis”
“Anna Karenina”
Há outras duas mostras em cartaz no museu, vindas da coleção de Helen Larson, uma angelena que passou 50 anos colecionando peças históricas de moda, datando até o século 17. Sua coleção de mais de 1.000 itens vale US$ 2,5 milhões. As exposições do FIDM destacam seus acessórios e roupas de algodão.
Termina hoje o prazo para votação do Oscar, que será entregue na noite do próximo domingo.
Enquanto isto, os indicados se prepararam para dar as caras na sede da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em Beverly Hills, numa série de eventos abertos ao público, até sábado.
As sessões estão esgotadas (os ingressos custavam apenas US$ 5), mas haverá uma fila de espera para distribuição de ingressos reservas, duas horas antes, para o caso de sobrar lugar (gente que comprou e não apareceu, como eu, que comprei e não vou conseguir ir… pena).
Hoje, é a vez dos curtas de ficção e animação. Trechos serão exibidos no teatro da Academia, e os diretores participarão de um debate entre si e com o público, liderado pelo ator Jason Schwartzman.
Na quarta-feira é a vez dos documentários (curtas e longas), numa conversa organizada por Michael Moore, e, na quinta, os filmes de animação (Tim Burton, de “Frankenweenie”, foto acima, é aguardado).
Sábado é dose dupla: filmes estrangeiros pela manhã, e indicados por maquiagem pela tarde.
Com menos de uma semana para a grande noite de Hollywood, paira a dúvida: “Argo” ou “Lincoln”?
Na história recente do Oscar, ninguém consegue lembrar de uma edição tão acirrada. Normalmente, nesta altura do campeonato, o vencedor já está mais do que decidido. Desta vez, tudo pode acontecer.
A principal causa da bagunça é porque o longa mais premiado da temporada, “Argo”, não foi indicado ao Oscar de direção. O filme dirigido por Ben Affleck ganhou o Bafta, considerado o “Oscar britânico”, e prêmios de praticamente todos os sindicatos (de diretores, produtores, atores), cujos votantes costumam coincidir com os da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas.
Se ganhar Oscar de melhor filme, “Argo” será o primeiro em 23 anos a fazê-lo sem ter disputado direção.
Nos últimos 30 anos, todos os trabalhos vencedores do prêmio principal foram indicados a direção, com exceção de um: “Conduzindo Miss Daisy”(1989).
Destes 30 filmes, 25 receberam a estatueta de direção. Os que ficaram sem foram “Crash – No Limite”, o musical “Chicago”, “Gladiador”, “Shakespeare Apaixonado” e “Conduzindo Miss Daisy”.
Já “Lincoln”, de Steven Spielberg, começou na liderança da corrida pelo Oscar, disputando em 12 categorias, mas sumiu da temporada de prêmios, com exceção de seu protagonista, Daniel Day-Lewis, uma das únicas certezas desta edição.
Na pesquisa informal do semanário “Entertainment Weekly”, “Argo” tem 20% das intenções de votos de melhor filme, enquanto “Lincoln” tem 16% e “O Lado Bom da Vida” tem 15%.
Não vamos esquecer que este último tem por trás a mega potência do executivo Harvey Weinstein, que venceu os dois últimos Oscars com “O Artista” e “Discurso do Rei”.
Já no site Golden Derby, que conta com a opinião de críticos e observadores, “Argo” tem 25 votos na categoria melhor filme, contra 1 de “Lincoln”. Na categoria direção, outra batalha confusa: Spielberg tem 17 votos, contra 5 de Ang Lee (“A Vida de Pi”) e 3 de David O. Russell (“O Lado Bom da Vida”).
Aqui vai a lista completa dos indicados e meus palpites em negrito:
Filme
“Amor” “Argo” – filme que mais gostei de 2012
“Indomável Sonhadora”
“Django Livre”
“Os Miseráveis”
“As Aventuras de Pi”
“Lincoln”
“O Lado Bom da Vida”
“A Hora Mais Escura”
Ator
Bradley Cooper (“O Lado Bom da Vida”) Daniel Day-Lewis (“Lincoln”) – Filme chato, mas a competição não ajuda
Hugh Jackman (“Os Miseráveis”)
Joaquin Phoenix (“O Mestre”)
Denzel Washington (“O Voo”)
Atriz
Jessica Chastain (“A Hora Mais Escura”) Jennifer Lawrence (“O Lado Bom da Vida”) – apesar das abobrinhas que fala
Emannuelle Riva (“Amor”)
Naomi Watts (“O Impossível”)
Quvenzhané Wallis (“Indomável Sonhadora”)
Ator Coadjuvante
Alan Arkin (“Argo”) Robert De Niro (“O Lado Bom da Vida”) – De Niro me fez rir e chorar
Tommy Lee Jones (“Lincoln”)
Phillip Seymour Hoffman (“O Mestre”)
Christoph Waltz (“Django Livre”)
Atriz Coadjuvante
Amy Adams (“O Mestre”)
Sally Field (“Lincoln”) Anne Hathaway (“Os Miseráveis”) – quem merecia mesmo era Helen Hunt
Helen Hunt (“As Sessões”)
Jacki Weaver (“O Lado Bom da Vida”)
Diretor
Michael Haneke (“Amor”)
Benh Zeitlin (“Indomável Sonhadora”)
Ang Lee (“As Aventuras de Pi”) Steven Spielberg (“Lincoln”) – quem merecia mesmo era Ang Lee
David O. Russell (“O Lado Bom da Vida”)
Roteiro Original
Mark Boal (“A Hora Mais Escura”) Michael Haneke (“Amor”) – mas torço por Tarantino
Quentin Tarantino (“Django Livre”)
Wes Anderson e Roman Coppola (“Moonrise Kingdom”)
John Gatins (“O Voo”)
Roteiro Adaptado
Chris Terrio (“Argo”) Benh Zeitlin, Lucy Alibar (“Indomável Sonhadora”) – história bem bolada, fantástica e real
David Magee (“As Aventuras de Pi”)
Tony Kushner (“Lincoln”)
David O. Russell (“O Lado Bom da Vida”)
Filme Estrangeiro “Amor” (Áustria/França) – outra certeza do Oscar deste ano
“No” (Chile)
“Kon-Tiki” (Noruega)
“O Amante da Rainha” (Dinamarca)
“A Feiticeira da Guerra” (Canadá)
Montagem
William Goldenberg, Dylan Tichenor (“A Hora Mais Escura”) William Goldenberg (“Argo”)
Tim Squyres (“As Aventuras de Pi”)
Michael Kahn (“Lincoln”)
Jay Cassidy e Crispin Struthers (“O Lado Bom da Vida”)
Direção de Fotografia
Seamus McGarvey (“Anna Karenina”)
Robert Richardson (“Django Livre”)
Claudio Miranda (“As Aventuras de Pi”) Janusz Kaminski (“Lincoln”)
Roger Deakins (“007 – Operação Skyfall”)
Animação
“Valente”
“Frankenweenie”
“Piratas Pirados!” “Detona Ralph” – seguindo a lógica dos prêmios, mas merecia Tim Burton
“ParaNorman”
Design de Produção
“Anna Karenina”
“O Hobbit” “Os Miseráveis” – merecido, apesar da chatice cantante non-stop
“Lincoln”
“As Aventuras de Pi”
Mixagem de Som
“Argo” “Os Miseráveis”
“As Aventuras de Pi”
“007 – Operação Skyfall”
“Lincoln”
Edição de Som
“Argo”
“Django Livre”
“As Aventuras de Pi”
“007 – Operação Skyfall” “A Hora Mais Escura” – será que Bigelow vai sair de mãos vazias?
Figurino “Lincoln” – ou este ou Os Miseráveis
“Anna Karenina”
“Os Miseráveis”
“Espelho, Espelho Meu”
“Branca de Neve e o Caçador”
Trilha Sonora Alexandre Desplat (“Argo”)
Dário Marianelli (“Anna Karenina”)
Mychael Danna (“As Aventuras de Pi”)
John Williams (“Lincoln”)
Thomas Newman (“007 – Operação Skyfall”)
Canção
“Before My Time”, J. Ralph (“Chasing Ice”) “Skyfall”, Adele (“007 – Operação Skyfall”) – outra certeza desta edição
“Suddenly”, Claude-Michel Schönberg (“Os Miseráveis”)
“Pi’s Lullaby”, Mychael Danna (“As Aventuras de Pi”)
“Everybody Needs A Best Friend”, Seth MacFarlane (“Ted”)
Documentário – Longa
“5 Broken Cameras”
“The Gatekeepers”
“How to Survive a Plague” “Searching for Sugar Man” – confesso que estou bem atrás dos docs, mas este é bom demais
“The Invisible War”
Documentário – Curta – não vi nenhum
“Inocente”
“Kings Point”
“Mondays at Racine”
“Open Heart”
“Redemption”
Efeitos Visuais “As Aventuras de Pi” – mas gostaria de ver “Prometheus”
“O Hobbit”
“Os Vingadores”
“Prometheus”
“Branca de Neve e o Caçador”
Maquiagem “Os Miseráveis”
“O Hobbit”
“Hitchcock”
Curta de Animação
“Adam and Dog”
“Fresh Guacamole”
“Head Over Heels”
“Maggie Simpson in “The Longest Daycare” “Paperman” – difícil Disney perder..
Curta Live-Action – não vi nenhum
“Asad”
“Buzkashi Boys”
“Curfew”
“Death of a Shadow”
“Henry”
O Brasil marcou presença forte nos jornais gringos de domingo. E só notícia positiva.
Na revista mensal do “Wall Street Journal”, Alex Atala ganhou seis páginas no artigo chamado “The Year of Cooking Dangerously” (o ano de cozinhar perigosamente).
Diz que o restaurante D.O.M. é o melhor do continente e, “agora, talvez, do mundo”. Fala das viagens de Atala pela Amazônia, quando um amigo foi sequestrado, e do seu passado punk rock.
“Problemas, drogas, brigas”, diz Atala. “Eu parecia um verdadeiro junkie […] Não tínhamos muita heroína em São Paulo. Mas cocaína, um monte. E foi quando apareceu o ecstasy, era muito forte.”
Já no “New York Times”, o Rio de Janeiro é a capa do caderno de viagens.
A jornalista sugere vários lugares interessantes, como o Bar Jobi e a franquia Mil Frutas. Ela também fez uma visita pela Rocinha e sugere a companhia “Favela Adventures”, “operada por locais”.
O mais engraçado é no começo, quando diz que as pessoas aplaudem o pôr-do-sol. Isso ainda acontece?
“At the moment when the neon-pink sun slips below the horizon, everyone stops, stands and claps: a nightly salute to city, beach and sky.”
No ano passado, deu para ver todos os cinco curtas de animação indicados ao Oscar de graça na internet. Neste ano, alguns foram mais espertos (monetariamente falando) e colocaram à venda online. Mas, com alguma persistência, dá para achar todos gratuitamente.
Como o “Fresh Guacamole”, do americano Pes, o curta mais curta a ser indicado a um Oscar (apenas 1:45 minuto).
Tem também “Adam and Dog”, desenhado a mão, com 15 minutos, sobre a história do primeiro cachorro do mundo e sua relação com Adão no Jardim do Éden.
O “Head over Heels”, à venda no iTunes (US$ 1,99), fala sobre a estranha dinâmica de um casal de velhinhos. Achei o vídeo abaixo, mas deve ficar no ar por pouco tempo.
Ainda não é a sonhada volta das transmissões dos jogos na TV, mas o roller derby anda aparecendo bastante na programação aqui nos EUA.
No último mês, a liga Los Angeles Derby Dolls (LADD), da qual faço parte desde 2011, foi palco do seriado “Bones”, “The Bachelor” e “Bunheads”. Várias amigas patinadoras apareceram como extras ou tiveram até falas.
A LADD, que completa dez anos em 2013 e foi palco do filme “Garota Fantástica” (“Whip It!”), também participou recentemente num comercial do refrigerante Dr. Pepper.
Na semana passada, a liga de Londres anunciou que fará um programa de TV para o canal Extreme Sports com 13 episódios sobre a temporada 2013.
O roller derby americano já teve seu “reality show” nos idos de 2006, “Rollergirls”, com a liga de banked track de Austin, no Texas. Mas a série foi cancelada no meio da primeira temporada.
“Caça aos Gângsteres” pode não ser o melhor filme em cartaz, mas é um baita elogio à cidade de Los Angeles e aos trabalhos do gênero.
Há passagens em locais históricos, como na foto acima, com o prédio da prefeitura ao fundo, e na foto do pé, no bairro chinês, além de muitos clubes noturnos (como o Slapsy Maxie, preferido do mafioso interpretado por Sean Penn) e restaurantes (Clifton’s Cafeteria).
Escrevi uns textos sobre o filme recentemente, estão todos na Folha.com:
Mesmo depois de fazer um judeu neonazista (“Tolerância Zero”, 2001) e dois assassinos psicóticos (“Cálculo Mortal”, 2002, “O Mundo de Leland”, 2003), o ator canadense Ryan Gosling conseguiu virar “galã de Hollywood”, uma posição que ele acha “toda errada”.
“Mas não reclamo. Sou o garoto do pôster, vivendo uma mentira”, ele diz, antes de contar uma história sobre a vó de um amigo. “É uma das coisas mais sexy que já vi uma mulher fazendo. Ela embebedava a lagosta com vodca antes de fervê-la na panela para não sentir o baque. Eu me sinto como a lagosta e a velhinha ao mesmo tempo. Eu me coloquei nesta situação. Continua…
Yvette Tucker já foi dançarina de Shakira, Christina Aguilera e Elton John. Filha de uma argentina e um americano, a porto-riquenha agora brilha ao encarnar Carmen Miranda numa passagem do filme noir “Caça aos Gângsteres”. Continua…
A melhor cena de “Caça aos Gângsteres”, segundo Ryan Gosling e o próprio diretor do filme, Ruben Fleischer, teve que ser cortada após a tragédia de Aurora, no Colorado, em julho, quando um atirador matou 12 pessoas durante a estreia do filme do Batman. Continua…
Saiu o primeiro clip do primeiro filme de Hollywood sobre Steve Jobs.
Em “jOBS”, que estreia na noite de hoje no festival de Sundance, Ashton Kutcher faz o confundador da Apple, enquanto Josh Gad faz Steve Wozniak. Leia entrevista com Gad aqui, em inglês, da revista Entertainment Weekly.
A estreia está prevista nos cinemas dos EUA para 19 de abril (aniversário de Jobs). A direção é de Joshua Michael Stern.
Já o segundo filme terá roteiro do superpoderoso Aaron Sorkin (“A Rede Social”) e será baseado na biografia bestseller de Walter Isaacson. Não tem ainda data de lançamento.
Segundo a Hollywood Reporter, o filme de Sorkin terá apenas três cenas de 30 minutos cada (!), todas feitas em tempo real e que “acontecem bem depois de três grandes lançamentos”. Os produtos são: o computador Macintosh (1984), o NeXT Cube (1990) e o iPod (2001).